Dólar atinge máxima de 20 anos por alta demanda por ativos de segurança

Investing.com

Publicado 09.05.2022 04:10

Atualizado 09.05.2022 09:14

Por Peter Nurse

Investing.com - O dólar norte-americano disparou para uma máxima de duas décadas no início desta segunda-feira (9), com os investidores buscando proteção nesse ativo porto seguro em meio a preocupações com o crescimento econômico global, bem como em busca de rendimento.

O índice dólar, que acompanha o dólar em relação a uma cesta de seis outras moedas, chegou ao topo da cotação intradiária em 104,20, níveis não vistos em 20 anos após subir pela quinta semana consecutiva na semana passada.

Às 09h30, a alta arrefeceu para a estabilidade cotada a 103,71.

A guerra na Ucrânia e os bloqueios mais rígidos contra o COVID-19 em Pequim e Xangai na China criaram incertezas sobre o crescimento econômico na Europa e na Ásia.

No calendário econômico, essa semana terá a divulgação do índice ZEW de sentimento da Alemanha e dados preliminares do primeiro trimestre PIB do Reino Unido, e é provável que apontem para uma desaceleração do crescimento nas duas das maiores economias da Europa.

Dados na segunda-feira na China mostraram que o crescimento das exportações do país desacelerou para um dígito em abril, crescendo 3,9% em abril em relação ao ano anterior, em comparação com o crescimento de 14,7% relatado em março. O crescimento foi o mais lento desde junho de 2020.

Por outro lado, os dados divulgados na sexta-feira mostraram que as folhas de pagamento não-agrícolas dos EUA aumentaram 428.000 em abril, mais do que o esperado. Isso sugere que a demanda por mão de obra continua forte, com as empresas lutando para contratar trabalhadores suficientes para acompanhar a demanda resiliente do consumidor.

O euro atingiu a mínima de 1,0495, ligeiramente acima de sua mínima recente de US$1,0469, em seguida revertendo a queda e subindo 0,15% a US$ 1,0568. O iene japonês atingiu a máxima de 131,35 antes de diminuir a alta para 0,19% a 131,12, máxima de duas décadas.

Enquanto a libra atingiu a mínima de US$ 1,2261, antes de reverter a baixa para um avanço de 0,41% a US$ 1,2388. Foi a nova mínima da moeda britânica em 22 meses, apesar da decisão do Banco da Inglaterra de elevar taxas de juros na quinta-feira pela quarta reunião consecutiva.

“Uma das grandes diferenças entre o Fed e o BoE é que a inflação dos EUA é mais gerada internamente a partir de mercados de trabalho apertados e do enorme estímulo fiscal visto nos últimos anos”, disseram analistas do ING, em nota.

O Federal Reserve dos EUA na semana passada anunciou um aumento de 50 pontos base, seu maior aumento desde 2000, e o rendimento dos títulos do governo americano de referência de 10 anos continuou a subir sob os temores de os dados da {{ecl- 733||inflação ao consumidor}} ter uma surpresa positiva.

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Os mercados futuros estão precificando uma chance de 75% de um aumento de 75 bp na próxima reunião do Fed em junho e mais de 200 bps de aperto até o final do ano.

Membros de políticas do Banco Central Europeu também começaram a falar mais abertamente sobre aumento das taxas, com o presidente do banco central austríaco Robert Holzmann, um conhecido falcão, afirmando em uma entrevista a um jornal no fim de semana que o banco central deveria aumentar as taxas de juros até três vezes este ano para combater a inflação.

No entanto, “dado que cerca de 90bp de aperto do BCE já está precificado até o final do ano, não achamos que mais uma rodada de conversa do BCE seja suficiente para fornecer muito suporte ao EUR/USD”, acrescentou o ING.

“Em vez disso, a história do Fed e o fraco crescimento na Europa e na China provavelmente verão o EUR/USD sendo negociado no lado suave de uma faixa de 1,0500-1,0650, com riscos inclinados para uma quebra para os mínimos de 2016 de 1,0350.”

Em outros lugares, o iuan subiu 0,69% para 6,7125, em uma nova mínima de 18 meses após os dados comerciais do país e com os bloqueios Covid-19 permanecendo em vigor, enquanto o dólar australiano caiu 1,02% para US$ 0,7005, logo abaixo da mínima de janeiro.

O dólar no Brasil abriu em disparada, avançando 1,29% a R$ 5,1425.

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