Dólar baterá R$5,95 no 2º tri de 2023, prevê Société Générale

Reuters

Publicado 05.09.2022 12:40

(Reuters) - A taxa de câmbio brasileira deverá permanecer dentro de um intervalo estreito, mas com inclinação para enfraquecimento, disse Bertrand Delgado, estrategista para mercados emergentes do banco Société Générale (EPA:SOGN), segundo o qual investidores continuarão tensos em relação às perspectivas fiscais no pós-eleição, num combo que impulsionará o dólar para 5,95 reais em junho de 2023.

Em relatório, Delgado citou a força do dólar no exterior, os rendimentos mais altos dos títulos do Tesouro norte-americano, a elevada volatilidade dos mercados --na esteira de um Fed com discurso contracionista para a política monetária-- e a percepção de fim do ciclo de alta de juros no Brasil como ventos contrários à moeda doméstica, afetada ainda pela piora dos termos de troca.

"Enquanto isso, os investidores permanecerão provavelmente inquietos sobre a sustentabilidade fiscal pós-eleições, especialmente sobre como reverter os gastos fiscais impulsionadores (redução de impostos, programas de auxílio) à medida que a economia desacelera rapidamente (de 2022 para 2023)", acrescentou o estrategista.