Reuters
Publicado 28.04.2020 16:02
Atualizado 28.04.2020 17:10
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar acelerava expressivamente a queda nesta terça-feira, chegando a cair mais de 3%, o que fazia do real de longe a moeda com melhor desempenho no mundo neste pregão, com operadores realizando lucros depois do rali recente do dólar.
A cotação está em queda desde o começo do dia e intensificou as perdas a partir do fim da manhã. Na mínima, desceu a 5,4720 reais na venda, desvalorização de 3,39%.
Às 15:28, o dólar recuava 2,97%, a 5,4955 reais na venda. Mantida essa variação até o fim do dia, será o maior recuo diário desde 8 de junho de 2018, quando fechou com depreciação de 5,59%.
O comentário no mercado é que o desmonte de posições em dólar pode estar relacionado à percepção de que, com a saída de Sergio Moro do governo, o presidente Jair Bolsonaro poderia se sentir mais "dependente" do ministro da Economia, Paulo Guedes. Os dois formavam a dupla de "superministros", vistos como importantes suportes ao presidente junto à opinião pública e ao mercado financeiro.
Uma turbulência contínua nos mercados --como a vista na semana passada na esteira da atribulada saída de Moro-- poderia prejudicar mais a avaliação geral sobre o governo.
Na véspera, Bolsonaro deixou claro que Guedes continua com a palavra final nos gastos federais, dizendo que "o homem que decide economia no Brasil é um só, chama-se Paulo Guedes", numa demonstração pública de apoio ao ministro, que havia atraído especulações de que poderia ser o próximo a deixar o governo depois de Moro.
Junto à percepção de renovado fôlego de Guedes no governo, o recente fortalecimento das intervenções do Banco Central e o nível já esticado do dólar, após um rali de 11,3% entre 9 e 24 de abril, davam ao mercado argumentos para realizar lucros no câmbio.
"O real me parece muito subvalorizado", disse Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês). Segundo ele, a desvalorização aproximou o prêmio de risco em real dos vistos em alguns países mais afetados, como Turquia, Ucrânia e África do Sul.
Em 2020, o real cai 27% (dólar sobe 37%), o que deixa a moeda brasileira na lanterna de uma lista de 34 rivais do dólar.
Na B3, o dólar futuro tinha queda de 2,71%, a 5,5030 reais nesta sessão.
(Por José de Castro)
Escrito por: Reuters
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