Dólar se afasta de mínimas do dia com apreensão sobre estímulo nos EUA

Reuters

Publicado 19.10.2020 17:07

Atualizado 19.10.2020 17:50

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar começou a semana em queda ante o real, com as operações domésticas seguindo a fraqueza da moeda norte-americana no exterior, mas a cotação fechou longe das mínimas da sessão, conforme investidores pesaram incertezas sobre aprovação de novos estímulos nos Estados Unidos em meio a persistente desconforto relacionado ao coronavírus.

O dólar à vista caiu 0,64% nesta segunda-feira, a 5,6055 reais na venda. A divisa oscilou entre queda de 1,31% (para 5,5675 reais) e alta de 0,10% (para 5,647 reais).

No exterior, o dólar cedia 0,29% no fim da tarde, depois de perder 0,53% na mínima da sessão.

Veja gráfico do dólar/real e do índice do dólar nesta segunda-feira:

O real revezou com o peso chileno a ponta de cima na lista de moedas em alta frente ao dólar nesta sessão. O mercado se apegou a comentários feitos no domingo pela presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi.

Segundo ela, embora permanecessem diferenças com o governo do presidente Donald Trump sobre um amplo pacote de alívio ao coronavírus, seria possível aprovar o estímulo antes das eleições.

Mas as incertezas sobre o "timing" de alcance de um acordo deram o tom na parte da tarde, já que, segundo Pelosi, para a aprovação de um texto antes das eleições seria preciso um acordo até terça-feira. Em Wall Street, os índices de ações abandonaram altas de mais cedo e fecharam em queda de mais de 1%, segundo dados preliminares.

Após o fechamento dos mercados, o porta-voz de Pelosi afirmou que a presidente da Câmara dos EUA espera que até terça haja "clareza" sobre se será possível aprovar um estímulo antes da eleição e que ela e Mnuchin estão reduzindo as diferenças.