Dólar perde força na reta final com medidas fiscais e fecha praticamente estável

Estadão Conteúdo

Publicado 28.08.2023 14:55

Atualizado 28.08.2023 18:10

Dólar perde força na reta final com medidas fiscais e fecha praticamente estável

Após passar a maior parte do dia em alta, o dólar hoje perdeu fôlego na última hora de negócios e, em meio a máximas do Ibovespa, encerrou a sessão praticamente estável. A troca de sinal moeda americana no mercado doméstico coincidiu com a divulgação de detalhes das medidas do governo para tributar fundos exclusivos e offshores, duas ações consideradas essenciais para o cumprimento da meta de zerar o déficit primário de 2024. Com máxima a R$ 4,9116 à tarde, a moeda fechou cotada a R$ 4,8753 (-0,01%). A mínima, logo após a abertura, foi a R$ 4,8656. No mês, o dólar ainda acumula alta de 3,08% - o que reduz a desvalorização no ano para 7,66%.

Operadores afirmam que o dia foi de ajustes e operações pontuais de realização de lucros, após a baixa de 1,86% da divisa na semana passada. Na expectativa pela agenda pesada aqui e lá fora nos próximos dias, os investidores adotaram uma postura cautelosa, o que resultou em pregão de liquidez bem reduzida. Principal referência do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para setembro movimentou menos de US$ 8 bilhões.

Passado o efeito da aprovação final do arcabouço fiscal na Câmara do Deputados na semana passada, as atenções se voltaram à tramitação do Orçamento e do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 - que precisa ser concluída até 31 de agosto. Na reta final do pregão, o Planalto informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina hoje Medida Provisória para tributar os fundos exclusivos e um projeto de lei com taxação para trusts e offshores.

Segundo o ministério da Fazenda, a MP dos fundos exclusivos tem potencial de arrecadar R$ 3,21 bilhões em 2023, compensando as perdas com a mudança da tabela do Imposto de Renda. Para 2024, a expectativa é de arrecadação de R$ 13,28 bilhões. Já o PL de offshore, enviado com urgência constitucional para a Câmara dos Deputados, teria, segundo a Fazenda, potencial de arrecadar R$ 7,05 bilhões no ano que vem.

"As medidas parecem que agradaram ao mercado, que reagiu bem. A aprovação do arcabouço mostra que o governo provavelmente conseguirá aprovar projetos nas próximas votações. O sentimento de melhora de risco pode continuar apoiando o real", afirma o analista Elson Gusmão, da corretora Ourominas, que vê a taxa de câmbio no curto prazo oscilando em uma banda entre R$ 4,85 e R$ 4,95.

No exterior, o índice DXY operava à tarde praticamente estável, em nível elevado, no limiar dos 104,000 pontos. O dólar tinha comportamento misto na comparação com divisas emergentes e de países exportadores de commodities. Entre os pares do real, peso chileno e mexicano se fortaleceram, ao passo que peso colombiano e rand sul-africano recuaram ante a moeda americana.

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Lá fora, sai o PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre, na quarta-feira, e o relatório do mercado de trabalho (payroll) de agosto, na sexta-feira. Ambos podem mexer com as expectativas em torno da política monetária americana, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçar no Simpósio de Jackson Hole que nova alta de juros está condicionada mais do que nunca aos indicadores econômicos.

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