Dólar recua ante real com definição de Campos Neto no BC e sinais do Fed

Reuters  |  Autor 

Publicado 16.11.2018 13:54

Dólar recua ante real com definição de Campos Neto no BC e sinais do Fed

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar passou a recuar mais de 1 por cento ante o real nesta sexta-feira com o mercado recebendo bem a definição sobre o comando do Banco Central no governo Bolsonaro, com Roberto Campos Neto à frente da autoridade monetária, e após autoridades do Federal Reserve colocarem em dúvida a trajetória de juros dos Estados Unidos em entrevistas.

Às 12:27, o dólar recuava 1,11 por cento, a 3,7402 reais na venda, depois de ter fechado a sessão anterior com queda de 1,28 por cento, a 3,7822 reais. Na mínima da sessão da moeda chegou a 3,7307 dólares e na máxima foi a 3,7837 dólares.

O dólar futuro recuava cerca de 1,30 por cento.

Além do anúncio de Campos Neto, ajudava no bom humor do mercado de câmbio nesta sessão entre feriado e fim de semana o anúncio de que Mansueto Almeida permanecerá no cargo de Secretário do Tesouro Nacional.

"Há bom humor em função da confirmação do Mansueto no Tesouro e a escolha do Roberto Campos Neto para presidência do BC", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

"Ele (Roberto Campos Neto) é tido como um economista na linha do avô dele, extremamente liberal, identificado com as tesourarias do mercado financeiro e certamente é um nome que dará sequência a toda a política do BC implementada pelo Ilan (Goldfajn), até então preferido pelo mercado", completou.

Nesta sexta-feira o BC informou que o diretor de Política Econômica, Carlos Viana, acertou que permanecerá no cargo por "tempo considerável".

Nos Estados Unidos, o vice-chair do Federal Reserve declarou que a taxa de juros norte-americana está perto das estimativas do banco central de uma taxa neutra e que o neutro "faz sentido", influenciado na cotação do dólar ante uma cesta das principais moedas.

"Dados dos EUA estão mostrando para o Fed que estão com menos ímpeto de alta de juros", afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

O Fed já elevou os juros três vezes neste ano e há ampla expectativa de que os eleve novamente em dezembro.

Além disso, permanece a cautela em relação ao Brexit, depois que a premiê britânica, Theresa May, anunciou que se mantém firme à retirada do Reino Unido da União Europeia em março, mesmo após renúncia de importantes ministros.

O jornal Telegraph reportou que May passará por uma moção de censura na próxima semana, o que ameaça seu governo e coloca a aprovação do seu plano de Brexit em xeque.

A libra operava em alta ante o dólar, que caía 0,55 por cento contra uma cesta das principais moedas.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 6,8 bilhões de dólares do total de 12,217 bilhões de dólares que vence em dezembro.

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