Dólar recua ante real com exterior e vantagem de Bolsonaro no 2º turno

Reuters

Publicado 11.10.2018 10:24

Dólar recua ante real com exterior e vantagem de Bolsonaro no 2º turno

Por Claudia Violante

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava em queda ante o real nesta quinta-feira, influenciado pela trajetória da moeda norte-americana no exterior e pela liderança com folga de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa do segundo turno da eleição presidencial na pesquisa Datafolha.

Às 10:21, o dólar recuava 0,45 por cento, a 3,7467 reais na venda, depois de terminar a véspera em alta de 1,42 por cento, a 3,7635 reais. Na mínima da sessão, foi a 3,7175 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,25 por cento.

A pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira mostrou Bolsonaro com 58 por cento das intenções de votos e o petista Fernando Haddad com 42 por cento, considerando os votos válidos.

O feriado doméstico na sexta-feira e o ambiente de maior cautela no exterior, entretanto, podem promover ajustes durante a sessão local.

"Para os ativos domésticos há ventos favoráveis vindos da política: pesquisa Datafolha mostrou que Bolsonaro abriu vantagem de 16 pontos sobre Haddad..., mas dado o ambiente de aversão ao risco presente nos mercados globais, a tendência positiva pode se reverter ao longo do pregão", escreveu a SulAmérica Investimentos em relatório.

Em outra pesquisa, divulgada esta manhã pela XP Investimentos, Bolsonaro também está à frente de Haddad, com 59 a 41 por cento das intenções de votos.

No exterior, os índices futuros das bolsas norte-americanas amanheceram no negativo, mas passaram a subir depois de dados da inflação ao consumidor no país mais fracos do que o esperado, aliviando um pouco o nervosismo dos investidores que ajudou em uma onda de aversão que derrubou as bolsas na véspera diante da percepção de um Federal Reserve mais hawkish na trajetória dos juros.

O Índice de Preços ao Consumidor dos EUA aumentou 0,1 por cento no mês passado, após subir 0,2 por cento em agosto e ante previsão de alta de 0,2 por cento. Nos 12 meses até setembro, a inflação aumentou 2,3 por cento, desacelerando em relação ao avanço de 2,7 por cento de agosto.