Dólar recua na abertura com realização de ganhos, mas PIM e exterior limitam

Estadão Conteúdo

Publicado 05.10.2021 07:18

Atualizado 05.10.2021 10:40

Dólar recua na abertura com realização de ganhos, mas PIM e exterior limitam

O dólar operou em baixa nos primeiros negócios do dia com uma realização parcial, após subir a R$ 5,4465 no mercado à vista na segunda-feira - maior nível desde 27 de abril -, elevando o ganho acumulado a 5% em 30 dias.

O dólar futuro de novembro fechou ontem com valorização de 1,73%, a R$ 5,4775. Os ajustes de baixa, no entanto, são limitados pela alta dos juros dos Treasuries e da moeda americana no exterior.

As quedas da produção industrial brasileira em agosto e interanual maiores que as medianas das projeções do mercado em cenário de falta de insumos, inflação elevada e alta da taxa Selic também são levadas em conta, restringindo a perda da moeda americana, segundo operadores.

A produção industrial caiu 0,7% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, divulgou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio abaixo da mediana (-0,4%) das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 1,20% a alta de 0,70%.

Com o resultado, a indústria acumula perda de 2,3% em três meses de quedas consecutivas e opera 2,9% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. Em relação a agosto de 2020, a produção recuou 0,7% e essa queda também veio mais forte do que a mediana (-0,1%), que tinha estimativas que variavam de um recuo de 2,10% a elevação de 1,70%.

Em 2021, a indústria acumula alta de 9,2% e, em 12 meses, avanço de 7,2%.

De outro lado, a alta do dólar ante pares emergentes do real, como peso mexicano, perdeu força há pouco diante do avanço do petróleo, e favorece a realização parcial no câmbio local. A commodity está subindo mais de 1,5% há pouco, ainda em reação à decisão de ontem da Opep+, durante reunião ministerial, de manter o acordo existente para retorno gradual da oferta do grupo.

Nos EUA, uma piora do déficit comercial em agosto foi divulgada nesta terça-feira. O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou 4,2% em agosto ante julho, a US$ 73,3 bilhões, segundo dados publicados hoje pelo Departamento do Comércio americano. O resultado veio bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam déficit de US$ 70,7 bilhões.

Já a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, afirmou em entrevista à CNBC que um default da dívida do governo dos Estados Unidos seria "catastrófico" pois minaria a confiança no país, poderia prejudicar o status de moeda de reserva do dólar e levaria a principal potência mundial a uma recessão.

Yellen voltou a pressionar congressistas a aprovarem com emergência a elevação do teto da dívida, o qual ela chamou de "arbitrário". Para ela, esta é uma responsabilidade bipartidária e deve ser cumprida até 18 de outubro, quando o Tesouro estima que esgotarão os recursos do governo para o pagamento de suas obrigações.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

No mercado de câmbio, às 9h30, o dólar caía 0,18%, a R$ 5,4377. O dólar para novembro cedia 0,36%, a R$ 5,4580.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações