Dólar sobe 1,89% e fecha a R$ 5,4105 com espera por PEC e fala de Haddad

Estadão Conteúdo

Publicado 26.11.2022 05:00

Dólar sobe 1,89% e fecha a R$ 5,4105 com espera por PEC e fala de Haddad

A novela em torno da PEC de Transição e a falta de declarações mais firmes em favor da responsabilidade fiscal por parte do ex-ministro Fernando Haddad, principal nome cotado para ocupar o ministério da Fazenda, azedaram o humor do mercado nesta sexta-feira, 25. Em alta desde a abertura dos negócios, alinhado ao fortalecimento da moeda americana no exterior, o dólar ultrapassou o teto de R$ 5,40 ao longo da tarde em meio à fala de Haddad em almoço da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no qual o petista compareceu como representante do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Com máxima a R$ 5,4245, o dólar à vista encerrou o dia em alta de 1,89%, cotado a R$ 5,4105 - acima da linha de R$ 5,40 no fechamento pela primeira vez desde o último dia 17. Apesar de oscilações fortes nas últimas sessões, a divisa termina a semana com variação modesta (+0,66%). Em novembro, o dólar acumula ganhos de 4,73%. Houve melhora na liquidez na volta do feriado de Dia de Ação de Graças ontem nos EUA, com o contrato de dólar futuro para dezembro movimentando mais de US$ 10 bilhões.

Em fala no almoço com banqueiros, Haddad disse que a prioridade de Lula na largada do mandato é a reforma tributária, criticou a "desorganização do orçamento público" no governo Jair Bolsonaro, mas não tocou na questão do teto dos gastos. O ex-ministro afirmou que "não é possível continuar crescendo 0,5% ao ano", ecoando, ainda que indiretamente, a fala de Lula de que é preciso haver metas de crescimento.

Em seguida, Haddad disse a jornalistas que não foi à Febraban discutir a PEC de Transição, mas que Lula "é de diálogo e nunca se opôs à responsabilidade social e fiscal". Seria "mais prudente", contudo, debater a nova âncora fiscal após o desenlace da PEC, segundo ele. "Vamos analisar as demandas da sociedade, analisar também o impacto disso do ponto de vista de juros futuros, de trajetória de dívida e de atendimento da população para chegar a um denominador comum", afirmou o petista. "O presidente Lula foi eleito há 25 dias; PEC não é coisa simples".

Haddad disse que não foi convidado para ser Ministro da Fazenda e que sua relação com o ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida, cotado para eventual dobradinha com o petista na equipe econômica, é "ótima desde sempre". Especula-se que Arida possa ocupar o ministério do Planejamento, que deve ser recriado, ou secretária executiva da Fazenda, com Haddad como ministro.

Para o CIO da Alphatree Capital, Rodrigo Jolig, o mercado está "caindo na real" de que Haddad deve ser realmente o próximo ministro da Fazenda, após ter representado Lula na Febraban. Ele considera que o real até tem se comportado bem recentemente na comparação com a Bolsa e, em especial, os juros futuros, que refletem mais o risco fiscal. "Bolsa e juros estão relativamente piores. Dólar deve ter mais espaço para subir se confirmado tudo Haddad na Fazenda", afirma.

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Fontes disseram ao Broadcast que o senador Tasso Jereissati protocolou hoje no Senado PEC que amplia em R$ 80 bilhões o limite para gastos em 2023, vista como alternativa ao texto proposto pela equipe de transição de governo. Dado o impasse, voltou a circular a ideia de aprovação de crédito extraordinário para bancar as despesas com o Bolsa Família em 2023. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, descartou a possibilidade de um "Plano B" de PEC e disse que vai insistir no caminho da política.

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