Dólar tem leve queda com suporte da China e dados de desemprego dos EUA

Reuters

Publicado 17.08.2023 10:09

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista iniciou a quinta-feira em leve baixa ante o real, em movimento alinhado ao exterior, onde a moeda norte-americana também cede ante as demais divisas, após o banco central da China indicar que pretende dar suporte à recuperação da economia do país.

Às 9h18 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,36%, a 4,9692 reais na venda. Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,42%, a 4,9820 reais.

Em relatório sobre a implementação da política monetária do segundo trimestre, o Banco do Povo da China afirmou que "alavancará melhor as funções duplas das ferramentas agregadas e estruturais de política monetária e apoiará firmemente a recuperação e o desenvolvimento da economia real".

A indicação do BC chinês surge após o país apresentar, nos últimos dias, uma série de dados econômicos considerados fracos, pressionando as moedas de países exportadores de commodities, como o real.

Nos Estados Unidos, dados mostraram que os pedidos de auxílio-desemprego na última semana atingiram 239 mil, quase em linha com os 240 mil projetados por economistas ouvidos pela Reuters.

O resultado não alterou em um primeiro momento o rumo dos ativos, embora os investidores sigam atentos a todos os indicadores norte-americanos, em busca de pistas sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve.

"Hoje (quinta-feira) o mercado não tem uma agenda tão significativa", pontuou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. "Eles (investidores) se apoiam mais à questão macro, à questão da China ainda pegando no setor da construção civil", acrescentou.

No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou mais cedo que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou queda de 0,13% em agosto, depois de recuar 1,10% no mês anterior, com a deflação perdendo força diante da retomada da pressão dos preços de algumas commodities.

A expectativa da pesquisa da Reuters para a leitura mensal do indicador era de taxa negativa de 0,25%.