Reuters
Publicado 19.08.2022 17:14
Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar voltou a ficar perto da estabilidade no encerramento das operações no mercado interbancário nesta sexta-feira, com fluxos de exportadores depois que a moeda superou 5,22 reais após vários dias seguidos de ganhos, ao fim de uma semana em que a cotação valorizou a reboque de temores inflacionários no mundo e de renovadas preocupações com a economia chinesa.
O dólar à vista registrou variação negativa de 0,06%, a 5,1685 reais, após oscilar entre 5,2207 reais (+0,95%) e 5,166 reais (-0,11%).
A taxa de câmbio segue "congestionada" entre suas médias móveis de 50, 100 e 200 dias, linhas que, rompidas de maneira sustentável, poderiam indicar início de tendência para os preços.
Na semana, o dólar subiu 1,86%. A alta por pouco não evaporou as perdas no acumulado do mês (agora em 0,08%) e reduziu a queda no ano para 7,27%.
O real não chegou a figurar entre as moedas de pior desempenho na semana, com seus pares chileno, colombiano e rand sul-africano encabeçando a lista de perdas no espectro de divisas emergentes.
Mas, num mau agouro para a divisa brasileira e outras de países exportadores de commodities, chamou atenção o declínio do iuan chinês, que pelas taxas "offshore" sofreu a maior desvalorização semanal desde abril (de cerca de 1,4%) e tocou o menor patamar desde setembro de 2020, a 6,8446 por dólar.
A China segue enfrentando reveses nas cadeias de suprimentos decorrentes da pandemia de Covid-19, e suas perspectivas de crescimento tiveram novo abalo nos últimos dias conforme uma onda de calor no país forçou a paralisação de fábricas e piorou o cenário de seca nos reservatórios, com relatos de restrição no consumo de eletricidade.
É nesse contexto em que a segunda maior economia do mundo patina e os EUA seguem enfrentando inflação alta que estrategistas do Bank of America (NYSE:BAC) não veem refresco no curto prazo.
"Com a inflação várias vezes acima da meta na maioria dos casos, acreditamos que é muito cedo para esperar um pivô 'dovish' (inclinado a flexibilizar a política monetária). Vemos riscos de taxas de juros mais altas, por mais tempo, do que os preços de mercado. O PBOC (banco central chinês) sinaliza seu desejo de depreciação do iuan com amarras, e rand sul-africano, real, peso mexicano e zloty polonês mostram a maior sensibilidade aos movimentos do iuan", disseram os profissionais em nota.
Na próxima semana, investidores estarão atentos à ata da reunião de julho do Banco Central Europeu (BCE), bem como a comentários do chair do Fed, Jerome Powell, quando discursar na conferência anual global de bancos centrais em Jackson Hole, Wyoming, em 26 de agosto.
Escrito por: Reuters
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.