Dólar termina em leve alta, a R$ 4,9793, com influência externa contida por sinal do Copom

Estadão Conteúdo

Publicado 21.03.2024 14:55

Atualizado 21.03.2024 18:10

Dólar termina em leve alta, a R$ 4,9793, com influência externa contida por sinal do Copom

Após passar a tarde com oscilações bem contidas, operando ao redor da estabilidade, o dólar à vista ganhou um pouco de força no mercado doméstico na última hora de negócios desta quinta-feira, 21, acompanhando parcialmente a valorização da moeda norte-americana em relação ao peso mexicano, após o Banco Central do México anunciar um corte de juros. Com mínima a R$ 4,9509 e máxima a R$ 4,9858, ambas pela manhã, o dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 4,9793, em alta de 0,10%.

Na semana, a divisa ainda acumula baixa de 0,37%. Apesar do tropeço nesta quinta, o real apresentou desempenho superior ao de seus pares latino-americanos e ao da maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities.

Segundo analistas, a formação da taxa de câmbio se deu nesta quinta entre forças opostas. De um lado, o real era pressionado pelo avanço do dólar em relação a moedas fortes, sobretudo em razão da fraqueza do euro e do franco suíço, após o Banco Central da Suíça promover corte inesperado de juros. Já o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve a taxa em 5,25%. Em contrapartida, jogava a favor da moeda brasileira a combinação dos sinais emitidos na quarta-feira nas decisões de política monetária aqui e nos Estados Unidos.

O BC norte-americano adotou um tom ameno, minimizou as leituras de inflação recentes e manteve a projeção de pelo menos três cortes de juros ainda neste ano. Já aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou que pode reduzir o ritmo de cortes a partir de junho.

Trata-se de uma combinação que tende a manter um diferencial de juros interno e externo ainda atraente para operações de carry trade. Além disso, Selic mais alta traz custos elevados para o carregamento de posições compradas em dólar.

Para o chefe da mesa de operações do C6 Bank, Felipe Garcia, o mercado de câmbio teve um dia de ajustes nesta quinta, após o dólar ter caído 1,10% na quarta-feira na esteira da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). "Temos o dólar mais forte lá fora, com o mercado digerindo as decisões dos BCs, com a do banco central da Suíça. Mas o real está bem comportado", afirma Garcia, para quem a moeda brasileira pode voltar a se apreciar nos próximos meses caso as leituras de inflação nos EUA mostrem desaceleração e se confirme um corte de juros pelo Federal Reserve em junho.

O head de da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, observa que o real teve um desempenho superior a de outras moedas emergentes nesta quinta. "O real tinha desvalorizado bastante frente ao peso mexicano e hoje está se valorizando um pouco. O Copom de ontem foi visto como mais hawkish, o que fez algumas casas elevarem a previsão de taxa terminal", afirma.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

O Banco Central do México anunciou nesta quinta, às 16 horas, redução da taxa de juros em 25 pontos-base, para 11%, como esperado pela maioria do mercado. O Banxico foi o último grande BC da região a embarcar em um processo de cortes da taxa básica. Apesar de apresentar queda de cerca de 0,30% nesta semana, sobretudo em razão das perdas desta quinta, o peso mexicano ainda acumula ganhos superiores a 1% em relação ao dólar em março.

Weigt, do Travelex, observa que o México deve continuar a exibir juros mais altos que o Brasil ao longo do ano, o que aumenta a possibilidade de o peso mexicano manter um desempenho superior ao do real nos próximos meses. "Em junho, nossa taxa deve estar 75 pontos-base abaixo da taxa do México. Lembrando que eles têm uma dívida bem menor que a nossa", diz o tesoureiro, acrescentando que, no segundo semestre, haverá também ruídos com a mudança de diretores e do presidente do Banco Central.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações