Justiça de N.York começa a discutir criação da Nova GM

EFE

Publicado 30.06.2009 21:11

Atualizado 30.06.2009 21:42

Washington, 30 jun (EFE).- O juiz Robert Gerber do Tribunal de Falências de Nova York começou hoje a considerar a criação da Nova GM, com a declaração do executivo-chefe da montadora, Fritz Henderson, e as cerca de 900 objeções de grupos contrários à medida.

O dia começou com a declaração de Henderson para defender junto a Gerber a aprovação rápida da venda dos ativos rentáveis da velha à reformulada GM, passo crucial para o ressurgimento da montadora.

Henderson voltou a pressionar o juiz ao declarar nesse tribunal de Nova York, que a montadora será liquidada no próximo dia 10 de julho caso não seja aprovada a venda de ativos à Nova GM.

Segundo Henderson declarou hoje, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos só dará os bilhões que a GM precisa para se reestruturar e sobreviver caso a venda aconteça antes dessa data.

Henderson, que foi questionado pelos advogados de grupos que se opõem à venda, entre eles os do sindicato IUE-CWA, também reconheceu que a reestruturação fará com que cerca de 50 mil aposentados percam o auxílio saúde, porque a GM não tem dinheiro para pagá-lo.

O plano desenvolvido pelo Governo americano, com a aprovação das autoridades canadenses, e pela General Motors estabelece a venda dos ativos rentáveis da montadora à Nova GM, empresa que substituirá a fabricante e que será formada pelas marcas Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick.

Os Governos americano e canadense darão US$ 50 bilhões para prosseguir com a venda e a reestruturação.

Em troca, Washington assumirá pouco mais de 60% do capital da Nova GM, enquanto as autoridades canadenses controlarão quase 12% e o sindicato United Auto Workers (UAW), 17,5%.

O plano também estabelece que os credores da GM eliminarão os US$ 27,1 bilhões de dívida da montadora em troca de 10% das ações da Nova GM, número que poderia aumentar para 15% no futuro.

Os ativos não rentáveis, que incluem as marcas Pontiac, Saturn, Hummer e Saab, serão liquidadas.

A General Motors teve que declarar concordata em junho, depois que um grupo de credores se negou a aceitar a oferta da empresa e do Departamento do Tesouro para reestruturar a dívida em troca de uma participação acionária na Nova GM.

Os advogados dos credores questionaram o plano desenvolvido pela GM, mas Henderson disse várias vezes que a concordata e a venda de ativos rentáveis à Nova GM é a única opção viável para evitar que a maior montadora dos EUA seja liquidada.

Henderson pode passar vários dias falando perante o juiz Gerber para responder as perguntas dos grupos contrários à reestruturação, embora o magistrado tenha se mostrado hoje pouco paciente diante das tentativas dos advogados de repetir as mesmas perguntas ao executivo.

Analistas legais assinalaram que embora a General Motors seja três vezes maior que a Chrysler, a experiência da montadora está sendo aproveitada tanto pela GM como pelo Gerber para acelerar ao máximo os procedimentos legais.

A Chrysler se declarou em quebra em 30 de abril passado quando, da mesma forma que no caso da GM, um grupo de credores se negou a reestruturar a dívida da empresa.

A montadora, terceira maior do país após GM e Ford, conseguiu sair da quebra em 1º de junho depois que o juiz Arthur González, também do Tribunal de Falências de Nova York, aprovou a venda de seus ativos à Fiat e a criação do novo Grupo Chrysler.

Em princípios de julho, o próprio diretor-financeiro da GM, Ray Young, disse ter aprendido "com a Chrysler a necessidade de comunicar o que está acontecendo com as partes interessadas". EFE

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