Câmbio: Meta de inflação contínua é risco a menos para o real, acredita hEDGEpoint

Investing.com  |  Autor Jessica Bahia Melo

Publicado 05.07.2023 14:59

Investing.com – Um risco a menos para o real. É desta forma que a hEDGEpoint Global Markets avalia as mudanças realizadas no sistema de metas de inflação, com a definição de uma meta contínua. Para o hEDGEpoint, apesar da mitigação de riscos, o fortalecimento do real ainda depende mais de fatores externos, como a definição da taxa de juros americana.

“A mudança no sistema de metas de inflação se soma a diversos fatores positivos que têm contribuído para a recente valorização do real: balança comercial atingindo superávits recordes, crescimento acima do esperado no Q1, inflação e expectativas para a mesma em constante queda e especuladores otimistas com a moeda”, lembra, ao apontar que a desaceleração do crescimento chinês no segundo semestre e eventuais recessões nos EUA e Europa podem pesar sobre a balança comercial brasileira e sobre o posicionamento dos investidores  em moedas emergentes.

A companhia especializada em commodities lembra que rondavam dúvidas a respeito da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que ocorreu na última quinta-feira, 29 de junho. Entre os receios, estava mudanças no patamar numérico definido na meta ou nas suas bandas de tolerância.

No entanto, desde a moderação do tom nas últimas semanas de membros do governo, a escolha foi pela meta contínua, tomando lugar do ano-calendário, alteração que foi bem vista pelo mercado, pois o Banco Central já indicou que direciona sua política para um prazo mais longo do que um ano. Com a mudança, o BCB se alinha com diversos pares internacionais, assim como o Federal Reserve dos Estados Unidos.

“A maioria das mudanças especuladas levariam a uma política monetária mais complacente com a inflação, consequentemente elevando as expectativas de inflação futura e reduzindo o juro real esperado – trazendo uma pressão de desvalorização para o real no curto e médio prazo. Contudo, o resultado da reunião foi positivo para a moeda brasileira, dado que a maioria das mudanças especuladas não foram implementadas”, comemora a hEDGEpoint.

O CMN, formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo Presidente do Banco Central (BCB), Roberto Campos Net, definiu a adoção da meta de inflação contínua de 3% a partir de 2025. Além disso, as metas de 3,25% para 2023 e 3% para 2024 foram mantidas.

 “Isso representa uma mudança em relação às metas para o ano calendário, que estão em vigor desde que o sistema de metas de inflação foi implementado em meados de 1999”, completa a hEDGEpoint Global Markets, que enxerga a mudança como benéfica, considerando a defasagem dos efeitos da política monetária.

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