Moedas Globais: dólar avança ante rivais, com discursos 'hawkish' do Fed e PMIs

Estadão Conteúdo

Publicado 04.08.2021 14:12

Atualizado 04.08.2021 17:40

Moedas Globais: dólar avança ante rivais, com discursos 'hawkish' do Fed e PMIs

O dólar superou o avanço aquém do esperado no número de empregos criados no setor privado dos Estados Unidos em julho, segundo reportou a ADP, e terminou o dia com ganhos ante moedas rivais. Os principais impulsos para a divisa americana foram discursos de tom "hawkish" de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), enquanto investidores digeriam leituras de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de julho nos EUA e em economias europeias.

O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis pares, avançou 0,21%, aos 92,270 pontos. Perto do horário de fechamento das bolsas de Nova York, o euro recuava a US$ 1,1841 e a libra tinha baixa a US$ 1,3891, enquanto o dólar subia a 109,46 ienes.

Em discurso durante evento do Peterson Institute, o vice-presidente do Fed, Richard Clarida, disse que as condições para a primeira alta de juros nos EUA após a crise do coronavírus podem ocorrer já no fim de 2022. O dirigente ainda afirmou que espera recuperação plena do mercado de trabalho americano no mesmo período.

Caso suas projeções para a economia americana se confirmem, Clarida disse que defenderá a retirada gradual dos estímulos monetários já neste ano. Presidente da distrital de St. Louis do Fed, James Bullard é outro banqueiro central que defende o início do "tapering" em 2021, ideia que reforçou durante evento do Washington Post hoje.

Para o TD Securities, os comentários de Clarida colocam pressão sobre a narrativa de pessimistas quanto ao nível do dólar no futuro. De acordo com o banco de investimentos, o foco do mercado cambial ficará sobre a trajetória do mercado de trabalho americano, que tem no payroll de julho, que sai na próxima sexta-feira (06), seu principal evento. "Se os dados não decepcionarem, parece que o balanço de riscos apontará para um aperto monetário mais cedo, implicando em um cenário de dólar fraco em 2022 cada vez menos provável", diz a instituição.

A Capital Economics estima que a moeda americana se fortalecerá cerca de 4% em relação ao seu nível atual até o fim de 2022, com impulso no restante de 2021 e estabilidade na maior parte do ano que vem.

Entre indicadores, o PMI de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) subiu a 64,1 em julho e ofuscou a queda do PMI do setor medido pelo IHS Markit para o mesmo período. A geração de 330 mil vagas no setor privado americano no mês passado, segundo estimou a ADP, chegou a enfraquecer o dólar durante a manhã, antes da moeda inverter o movimento mais tarde.

Na Europa, o foco de investidores ficou por conta dos PMIs de serviços de zona do euro, Alemanha e Reino Unido em julho. Os dois primeiros indicadores subiram abaixo das previsões, enquanto o britânico recuou, mas em ritmo menor que o esperado por analistas. Também foi divulgado o nível das vendas no varejo do bloco europeu, que avançaram 1,5% entre maio e junho, como previsto.

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