Moedas Globais: dólar sobe ante rivais, após falas de dirigentes do Fed e na véspera de Powell

Estadão Conteúdo

Publicado 24.08.2023 14:32

Atualizado 24.08.2023 17:40

Moedas Globais: dólar sobe ante rivais, após falas de dirigentes do Fed e na véspera de Powell

O dólar hoje avançou ante rivais nesta quinta-feira, 24, após dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reforçarem que os juros devem permanecer elevados por tempo prolongado, em entrevistas às margens do Simpósio Jackson Hole. Investidores também se posicionam para o aguardado discurso do presidente do BC dos Estados Unidos, Jerome Powell, na sexta-feira, 25.

Por volta das 17 horas (de Brasília), o dólar subia a 145,82 ienes. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em alta de 0,54%, a 103,982 pontos.

O dólar ganhou força após a divulgação de dados de emprego, atividade econômica e encomendas de bens duráveis, que sinalizaram resiliência da economia dos EUA. Em entrevista à Bloomberg, o ex-presidente do Fed de St. Louis James Bullard alertou que a resiliência da economia americana poderia atrasar o início do relaxamento monetário, devido a uma possível renovação de pressões inflacionárias.

A perspectiva de juros elevados por mais tempo tende a apoiar o dólar ante outras divisas, em especial pela perspectiva de diferencial de juros ante rivais de países desenvolvidos. Também à Bloomberg, o presidente do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, reforçou que o BC americano deve manter a política monetária em níveis restritivos por "algum tempo" e que devem voltar abaixar apenas se a inflação cair de forma sustentável, mas evitou prever quando isso vai acontecer.

Já presidente do Fed de Boston, Susan Collins, acredita que ainda há trabalho a ser feito e evitou descartar a probabilidade de novas altas de juros pelo BC ainda este ano, em entrevista ao Yahoo! Finance. Após as falas, o mercado ampliou a precificação por mais aperto monetário do Fed ainda em 2023, segundo monitoramento do CME Group.

Assim, o euro recuou a US$ 1,0811, sem encontrar apoio em comentários do dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Mário Centeno, apontando que o trabalho da política monetária ainda não terminou no bloco. A libra cedeu a US$ 1,2601, refletindo ainda a pressão de temores sobre o enfraquecimento da economia do Reino Unido, gerando incerteza em relação a política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), conforme análise da Oanda.

Entre emergentes, a Cúpula do Brics trouxe diversas iniciativas que "podem adicionar ímpeto ao debate de desdolarização", afirma o ING. Entre elas, o banco destaca a "surpreendente" adesão da Arábia Saudita e de outros países exportadores de petróleo, o que poderia desafiar a dominância global do dólar. No evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ainda que o bloco resolveu criar uma moeda comum para facilitar trocas comerciais entre os membros, enquanto a China relatou que os países também devem estudar ferramentas e plataformas de pagamento e liquidação em moeda local.

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Na Argentina, o dólar blue caía a 725 pesos argentinos, enquanto o mercado ainda aguardava a divulgação de novas medidas econômicas do ministro Sérgio Massa, após negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington. No final da tarde, o BC da Argentina determinou que prestadores de serviços de pagamento que oferecem carteiras virtuais serão obrigados a transferir aos seus clientes a totalidade do retorno que receberem pelos saldos em pesos das contas de depósito nas instituições financeiras.

Na Turquia, o dólar também recuava a 25,7252 liras turcas, seguindo decisão monetária do BC de elevar as taxas de 17,5% a 25%.

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