Moedas Globais: dólar sobe no exterior, com dúvidas sobre aposta por cortes de juros do Fed

Estadão Conteúdo

Publicado 04.12.2023 15:10

Atualizado 04.12.2023 18:40

Moedas Globais: dólar sobe no exterior, com dúvidas sobre aposta por cortes de juros do Fed

O dólar subiu no exterior, enquanto economistas questionam a aposta majoritária no mercado em cortes de juros agressivos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no ano que vem. O movimento corrige o sell-off da moeda observado na semana passada, quando falas dovish de dirigentes do BC americano - incluindo do presidente Jerome Powell - favoreceram expectativas mais amenas para a política monetária dos EUA.

No fim da tarde de Nova York, o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu 0,42%, aos 103,712 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 147,29 ienes, o euro recuava a US$ 1,0835 e a libra tinha queda a US$ 1,2629.

De maneira geral, economistas avaliam que o ciclo de aumento de juros terminou, mas consideram improvável que ocorra uma queda de juros em 1,25 ponto porcentual em 2024 a partir de março, como sugere a curva futura. O principal assessor econômico da Allianz (ETR:ALVG), Mohamed El-Erian, por exemplo, acredita que o Fed reduzirá a taxa básica no ano que vem, mas adotará uma postura mais cautelosa do que é esperado. A consultoria Oxford Economics fala em um "otimismo exagerado" nas expectativas vigentes dos operadores. Leia mais nesta reportagem do Broadcast.

Apesar da valorização de hoje, o BBH alertou que o dólar continua vulnerável, pelo menos até que o mercado mude de vez as expectativas precificadas para a trajetória de juros dos EUA. E isso poderá ocorrer apenas no próximo ano, segundo análise do banco. O BBH avalia que a economia americana está muito forte e as pressões inflacionárias estão persistentes demais para que o Fed consiga cortar juros tão cedo quanto o mercado pensa - mas reconhece que talvez seja necessário uma série de dados firmes nos EUA para desafiar a atual narrativa dovish.

Na Europa, a libra caía a US$1,2629 por volta das 18h (de Brasília). A Fitch reiterou o rating AA- com perspectiva negativa do Reino Unido, citando a dívida pública elevada e as incertezas sobre as relações com a União Europeia (UE). Já o euro recuava a US$ 1,0835, sem apoio da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que discursou hoje mas não tocou no assunto de política monetária. Já o vice-presidente, Luis de Guindos, alertou que o BCE ainda não pode dizer que a inflação está sob controle, mesmo depois de ter desacelerado mais do que o esperado no mês passado.

Entre outras economias avançadas, o dólar australiano caía a US$ 06620, um dia antes da decisão de política monetária do BC da Austrália. Nos mercados emergentes, o dólar subia a 83,4 rupias, na esteira dos resultados das eleições locais de ontem, que deram vitórias importantes para o partido do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

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