Índice DXY do dólar toca máximas em 20 anos, com temor de eventual recessão

Estadão Conteúdo

Publicado 05.07.2022 16:10

Atualizado 05.07.2022 20:47

Índice DXY do dólar toca máximas em 20 anos, com temor de eventual recessão

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta terça-feira, 5, atingindo máximas intraday desde dezembro de 2002. O quadro de cautela apoiou a compra da divisa americana, em meio também a sinais fracos para a economia da zona do euro e com cautela em relação ao Reino Unido. Além disso, o peso argentino seguiu em foco, em baixa no mercado oficial diante de dúvidas entre investidores sobre as perspectivas para o país, com uma nova ministra da Economia.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 135,74 ienes, o euro recuava a US$ 1,0273 e a libratinha baixa a US$ 1,1959. O DXY teve alta de 1,33%, a 106,535 pontos.

Na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto recuou a 52,0 em junho, na mínima em 15 meses. Segundo a Capital Economics, o dado indica enfraquecimento da atividade, em um contexto de inflação bem acima da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE). Nesse contexto, o euro bateu mínimas em quase 20 anos frente ao dólar.

No Reino Unido, o PMI de serviços teve alta inesperada a 54,3 em junho, enquanto o PMI composto subiu a 53,7. Analistas, porém, também preveem perda de fôlego no país, diante do aperto monetário para conter a inflação elevada. O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) publicou relatório hoje, no qual notou "deterioração material" do cenário econômico, com a guerra na Ucrânia. O país ainda vive uma crise política, com a saída de membros importantes do governo do premiê Boris Johnson e analistas especulando que o primeiro-ministro pode não sobreviver muito mais no posto.

O Goldman Sachs (NYSE:GS) afirmou em relatório ver 30% de chance de recessão nos EUA, de 40% na Europa e de 45% no Reino Unido, em 2023. Mesmo que com riscos também para a economia americana, o quadro de cautela nos mercados globais tende a apoiar a compra da moeda dos EUA, também diante da perspectiva de altas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Entre outras moedas em foco, o dólar avançava a 126,2073 pesos argentinos. Já no mercado paralelo, o chamado "dólar blue" ajustava ganhos recentes e caía a 252 pesos. A moeda da Argentina segue sob pressão, após a posse da nova ministra da Economia, Silvina Batakis. Analistas em geral viram com ressalvas as perspectivas para o país, com a mudança, com mais riscos de alta nas expectativas já elevadas de inflação. Batakis também pretende revisar o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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