Dólar ajusta para baixo após bater R$4,20 na sessão anterior, com noticiário comercial e STF no radar

Reuters

Publicado 18.11.2019 12:17

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tinha leve queda contra o real nesta segunda-feira, depois de bater os 4,20 reais na sessão anterior, num início de semana em que agentes financeiros monitoravam notícias sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China e uma votação do STF sobre decisão envolvendo o antigo Coaf.

Às 12:10, o dólar recuava 0,20%, a 4,1849 reais na venda.

Na última sessão, o dólar fechou em alta de 0,16%, a 4,1934 reais na venda, mas na máxima a cotação no mercado spot alcançou o nível psicológico de 4,2000 reais na venda.

O dólar futuro registrava queda de 0,27% nesta segunda-feira, a 4,1885 reais.

Mas tanto o dólar à vista quanto o futuro chegaram a cair mais mais cedo (-0,55% e -0,63%, respectivamente, nas mínimas do dia), quando predominou otimismo em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, após a agência estatal chinesa Xinhua informar que os dois lados mantiveram "negociações construtivas" sobre comércio em um telefonema de alto nível no sábado.

Mais tarde, contudo, a CNBC relatou que o humor em Pequim sobre um acordo comercial com os Estados Unidos é pessimista, devido à relutância do presidente norte-americano, Donald Trump, em retirar tarifas, o que diminuiu um pouco o otimismo sobre o tema.

De toda forma, o mercado doméstico se ajusta à sessão positiva nas praças externas na sexta-feira, quando os negócios locais permaneceram fechados devido a um feriado.

"O investidor foi para o risco em cima dessa possibilidade (de acordo EUA-China), reverberando movimento de sexta-feira", disse Ricardo Gomes da Silva, da Correparti Corretora.

Moedas de risco tinham desempenho misto, inclinadas mais para o negativo, com dólar australiano, peso mexicano e rand sul-africano em baixa e lira turca em leve alta. O peso chileno, rondando mínimas recordes, tornava a se desvalorizar.

No cenário doméstico, segundo Gomes da Silva, estava no radar dos investidores o julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma decisão que determinou o envio à corte de relatórios elaborados pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atual Unidade de Inteligência Financeira do Banco Central.