Vendas nos EUA se estabilizam e Ford é principal beneficiada

EFE

Publicado 01.07.2009 19:15

Atualizado 01.07.2009 19:35

Washington, 1 jul (EFE).- As turbulências no setor automotivo nos Estados Unidos seguiram abalando as montadoras durante o mês de junho, mas os números sobre vendas divulgados hoje apontam que a demanda se estabilizou, para benefício da Ford.

A companhia, a única das três grandes americanas que não teve que recorrer à concordata para se manter ativa, foi a que mais vantagens tirou da situação.

A Ford vendeu durante o mês passado 148.153 veículos, mais que a Toyota, que ao longo de 2008 a superou em vendas nos Estados Unidos, e ligeiramente abaixo da GM.

Embora a demanda da Ford tenha sido 11,3% inferior à registrada durante junho de 2008, a montadora conseguiu superar a tendência do mercado e deixar muito para trás seus principais concorrentes, que perderam mais de 30% de suas vendas.

A Ford mostrou satisfação com os resultados de junho.

Jim Farley, vice-presidente do grupo Ford para marketing e comunicação, disse em comunicado que a empresa "está progredindo de forma constante e concentrada firmemente no plano para criar uma Ford sustentável e emocionante".

"No entanto, seguimos com os pés no chão considerando as difíceis condições do setor e a economia", completou Farley.

Porém, os lucros da Ford são suficientes para que a montadora tenha decidido aumentar sua produção nos próximos meses frente às reduções feitas pelas concorrentes.

Ford indicou que no terceiro trimestre produzirá 485 mil veículos, 25 mil a mais que o anunciado previamente e 16% mais que no mesmo período de 2008.

Os bons resultados da Ford em junho se basearam na grande demanda do carro Fusion, que vendeu 18.561 unidades, 26% a mais que há um ano.

O 4x4 Escape, um dos veículos mais antigos da marca, também teve números positivos ao vender 15.385 unidades, 1,9% a mais que em junho de 2008.

Enquanto a Ford aproveita uma relativa bonança, que permitiu que aumentasse sua fração de mercado em 3% em relação a junho de 2008, GM e Chrysler seguem com seus problemas.

Desde que declarou concordata em 1º de junho, a General Motors vendeu 176.517 veículos nos EUA, 33,6% a menos que durante o mesmo mês do ano passado.

Já o novo Grupo Chrysler, que saiu da quebra em 1º de junho e está sob controle da italiana Fiat, vendeu 68.297 veículos durante o mesmo período, 42% menos que há um ano.

A GM disse que os números de vendas a pessoas físicas foram 10% superiores (13 mil veículos) às do mês de maio deste ano, o que permitiu assinalar que sua estratégia e novos modelos estão funcionando.

"Estamos satisfeitos com nosso rendimento entre particulares durante o mês, o que demonstra a forte atração de nossos produtos entre os consumidores", afirmou através de um comunicado Mark LaNeve, vice-presidente da GM na América do Norte para vendas e marketing.

A Chrysler se expressou em termos similares e atribuiu sua drástica redução nas vendas à decisão de não produzir veículos para empresas de aluguel de carros.

A companhia indicou que durante junho não produziu nenhum veículo para comercializar com locadoras, "o que gerou uma redução das vendas de frotas de 95%", comparado com o mesmo período do ano passado.

Mas ao mesmo tempo explicou que as vendas entre pessoas físicas só caíram 16% e que sua fração de mercado nessa área aumentou 1% em junho.

"Estamos orgulhosos que nossa nova companhia comece seu primeiro mês com um aumento da parcela do mercado e mantendo fortes vendas a pessoas físicas", afirmou Peter Fong, novo presidente e executivo-chefe do Grupo Chrysler.

Já a Toyota, terceira montadora em número de vendas nos EUA, informou que a demanda caiu para ela 34,6 %.

A marca japonesa também apontou uma recuperação do mercado ao assinalar que as vendas do segundo trimestre superaram as do primeiro quarto do ano. EFE

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