Bolsonaro defende ações contra pandemia e critica governadores; cidades registram panelaço

Reuters

Publicado 31.12.2021 20:45

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro utilizou pronunciamento em rede nacional por ocasião do fim do ano para defender as ações adotadas pelo governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19 , como a compra de vacinas e o auxílio emergencial, e voltou a atacar governadores que impuseram quarentenas e outras medidas de restrição para conter a disseminação do coronavírus.

Bolsonaro disse que o auxílio emergencial pago aos vulneráveis no auge da pandemia foi uma forma de "socorrer os mais humildes, que tinham sido abandonados pelos que mandavam fechar tudo", e afirmou que programas do governo federal de apoio a empresas evitaram uma "quebradeira econômica" que ocorreria, segundo ele, pela "política de muitos governadores e prefeitos de fechar comércio, decretar lockdown e toques de recolher".

O pronunciamento de 6 minutos foi recebido com panelaços em diversas cidades do país, como ocorrera na semana passada em fala do presidente ao lado da primeira-dama por ocasião do Natal.

Bolsonaro também afirmou que todas as vacinas foram compradas pelo governo federal e que todos os adultos que desejaram foram vacinados no Brasil contra a Covid-19.

"Fomos um exemplo para o mundo", disse Bolsonaro, ele próprio não vacinado por questionar a segurança e eficácia dos imunizantes -- apesar do efeito comprovado das vacinas para conter a pandemia.

Bolsonaro também voltou a dizer que não apoia o passaporte vacinal ou qualquer restrição àqueles que não desejam se vacinar, e reiterou que a vacinação de crianças de 5 a 11 anos somente deve ocorrer com consentimento do pais e prescrição médica -- o que na prática caberá aos Estados decidir quando a vacina for implementada no país.

"A liberdade tem que ser respeitada", disse.