Reuters
Publicado 05.05.2022 20:47
Atualizado 05.05.2022 21:05
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro fez um pedido veemente à Petrobras (SA:PETR4), nesta quinta-feira, para reduzir seu lucro, que considerou "absurdo" e "um estupro", e fez um apelo para que não haja novos aumentos nos preços dos combustíveis, sob o risco de o Brasil quebrar.
Ao lembrar da greve dos caminhoneiros que parou o país em 2018, no governo de Michel Temer, Bolsonaro alertou que pode haver uma "convulsão" caso haja novo aumento no preço do diesel.
"A gente apela para a Petrobras, não reajustem o preço dos combustíveis. Vocês estão tendo um lucro absurdo", disse o presidente na tradicional transmissão ao vivo por redes sociais às quintas-feiras.
"Ela (Petrobras) deve ter a função social. Petrobras, estamos em guerra. Petrobras, não aumente mais o preço dos combustíveis. O lucro de vocês é um estupro, é um absurdo", afirmou, enfatizando que não interfere na empresa e isentando-se da responsabilidade pela situação.
"Se continuar tendo lucro dessa forma, aumentando o preço do combustível, vai quebrar o país... se tiver mais um aumento de combustível, pode quebrar o Brasil. E o pessoal da Petrobras não entende ou não quer entender, ou só estão de olho no lucro", acrescentou.
Ao mesmo tempo em que Bolsonaro fazia seus apelos à Petrobras, a estatal divulgava um lucro líquido de 44,56 bilhões de reais no primeiro trimestre do ano. Em um comunicado, o presidente-executivo da estatal, José Mauro Coelho, afirmou que os resultados da petroleira geram "retorno importante para o acionista, em especial a sociedade brasileira, representada pela União".
Bolsonaro apontou o combustível como o "vilão" da inflação que atinge o país, e disse que o nome da empresa "vai para a lama" caso haja um novo reajuste do preço do diesel, apontando os impactos do aumento do frente em artigos básicos, como alimentação.
O presidente fez apelos diretos ao presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, e ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, com quem deve se encontrar na sexta-feira em viagem à Guiana. Também incluiu os acionistas e os membros do conselho da empresa na críticas.
Procurada, a Petrobras não respondeu de imediato a um pedido da Reuters de comentários sobre as falas do presidente.
Bolsonaro lembrou ainda da situação de crise econômica, a guerra na Ucrânia, que afeta o preço do barril do petróleo, e os impostos cobrados sobre os combustíveis como outros fatores para as altas de preço.
Escrito por: Reuters
Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.