Reuters
Publicado 08.05.2021 12:00
Atualizado 08.05.2021 14:55
O presidente Jair Bolsonaro voltou neste sábado a afirmar que nomeará um nome "terrivelmente evangélico" para a cadeira no Supremo Tribunal Federal que ficará vaga em julho com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
A um grupo de apoiadores evangélicos no Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou também a defender a hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. O remédio, indicado para malária e doenças autoimunes, já se mostrou ineficaz contra a Covid-19 em estudo científico.
"Quem indica vagas pro Supremo Tribunal Federal passa por mim. A palavra final não é minha, é do Senado, tem uma sabatina lá. Mas vocês sabem que o dia 5 de julho, 4 de julho, vai ter um terrivelmente evangélico", disse Bolsonaro na conversa, transmitida ao vivo em sua conta no Facebook.
"Tem um cotado aí, por enquanto é ele, mas não tá batido o martelo ainda", disse o presidente.
Um dos nomes cotados para ser nomeado por Bolsonaro a uma vaga na corte é o do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, que também é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança em Brasília.
Bolsonaro criticou o foco da CPI da Covid no Senado sobre a hidroxicloroquina e disse que fará um vídeo com ministros para defender o uso do medicamento contra a Covid.
"A gente vai fazer nesta semana um vídeo com os 22 ministros e todos que tomaram hidroxicloroquina vão dizer: 'eu tomei'", disse aos apoiadores.
Sem usar máscara, o presidente criticou ainda a indústria farmacêutica e disse que será o último brasileiro a tomar uma vacina contra a Covid-19.
"A indústria farmacêutica como regra visa o dinheiro e remédio barato não tem vez. Estamos aí com a vacina, ela está sendo aplicada no Brasil. Eu vou ser o último a tomar."
Apesar das recomendações, inclusive do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para evitar aglomerações para conter a disseminação do coronavírus, Bolsonaro ficou mais de 27 minutos falando aos apoiadores.
No domingo, Dia das Mães, o presidente disse que fará um passeio de motocicleta por Brasília.
(Por Eduardo Simões)
Escrito por: Reuters
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