Bombardeio ucraniano em região russa de Belgorod continua enquanto milhares são realocados, diz governador
Reuters
Publicado 04.06.2023 13:24
MOSCOU (Reuters) - As forças ucranianas continuaram, na madrugada deste domingo, os bombardeios na região fronteiriça russa de Belgorod, após a morte de duas pessoas na noite anterior e a retirada de centenas de crianças da fronteira, afirmou o governador Vyacheslav Gladkov.
"Durante a noite, foi bastante inquieto", disse Gladkov no Telegram, acrescentando que os distritos de Shebekino e Volokonovsky sofreram "muitos" danos com o último bombardeio.
Gladkov escreveu mais tarde na rede social que os incêndios começaram na cidade de Shebekino após bombardeios das forças ucranianas a uma área de mercado no centro, acrescentando que ninguém ficou ferido. Shebekino fica a cerca de 7 Km (4 milhas) da fronteira ucraniana.
Mais de 4.000 pessoas foram realocadas para acomodações temporárias na região, disse Gladkov.
A realidade da guerra, que Moscou iniciou contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, está cada vez mais em direção à Rússia, com bombardeios intensificados nas regiões fronteiriças e ataques aéreos no interior do país, inclusive em Moscou, na semana passada.
No final de maio, militares russos afirmaram ter evitado um dos mais graves ataques transfronteiriços de um "grupo de sabotagem" ucraniano que, segundo eles, havia entrado em território russo em Belgorod.
A Ucrânia negou ter atacado Moscou na semana passada, assim como o envolvimento de seus militares nas incursões em Belgorod. De acordo com a Rússia, esses ataques são conduzidos por combatentes voluntários russos.
No sábado, Gladkov escoltou cerca de 600 crianças dos distritos de Shebekino e Graivoron para as cidades de Yaroslavl e Kaluga, afastadas da fronteira ucraniana.
Moscou chama suas ações na Ucrânia de "operação militar especial", não uma guerra, e diz que foi iniciada para proteger a Rússia da ameaça dos movimentos da Ucrânia em direção ao Ocidente.
Kiev e seus aliados dizem que se trata de uma guerra, provocada para tomar terras.
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Escrito por: Reuters
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