Cotas e tarifas devem favorecer siderúrgicas - qual pode ser mais beneficiada?

Investing.com

Publicado 24.04.2024 16:30

Atualizado 24.04.2024 18:13

Investing.com – Cotas e tarifas maiores às importações foram apelos da indústria siderúrgica brasileira no ano passado, diante do acirramento do ambiente competitivo, principalmente com maiores compras da China, e agora podem beneficiá-las, principalmente a Usiminas (BVMF:USIM5), sendo a ação mencionada pelo Citi, Itaú BBA e Bank of America.

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A Câmara de Comércio Exterior (Camex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), estabeleceu a criação de cotas para onze produtos de aço e elevou a tarifa da commodity importada para 25% no próximo ano, sendo que as taxas serão elevadas somente quando as cotas forem ultrapassadas.

De acordo com o Itaú BBA, a Usiminas é a siderúrgica brasileira mais beneficiada pela decisão, diante de alavancagem operacional mais elevada e exposição ao setor nacional de aços planos. O Itaú BBA estima que o aumento da tarifa para 25% reduziria o prêmio de paridade de importação de 22% para 8%. “Historicamente, o prêmio tem sido de cerca de 10-15%, portanto, uma redução para 8% proporcionaria alguma flexibilidade para possíveis variações de preços ou, pelo menos, poderia ajudar os produtores a evitar oferecer descontos no atual fraco ambiente de demanda interna”, detalham os analistas.

Já o Bank of America elencou como principais beneficiadas Usiminas e CSN (BVMF:CSNA3), pois a grande maioria dos produtos contemplados pelas novas medidas são aços planos. O BofA (NYSE:BAC) considerou que a ação é “positiva para um setor pressionado, mas não um divisor de águas”. As companhias, segundo o BofA, lutam “com uma demanda interna fraca (demanda interna estável no acumulado do ano), lucratividade fraca, com margens abaixo das médias históricas e poder de precificação limitado”.

O BofA detalha ainda que a Usiminas teve 81% de sua receita proveniente das vendas domésticas de aço em 2023, enquanto a CSN teve representatividade de 36% e a Gerdau (BVMF:GGBR4) uma fatia de 34%.

Para o Citi, a Usiminas seria a mais favorecida por ser mais voltada a aços planos, sendo Gerdau e CSN mais diversificadas. “Na prática, esperaríamos um benefício limitado quando o mercado interno estivesse fraco – como no momento. As usinas nacionais teriam uma taxa de utilização melhor, mas não muito para aumentar o preço”, destaca o Citi.

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