Gestor pode ser punido por improbidade por falta de 2ª dose de vacina, diz Lewandowski

Reuters

Publicado 03.05.2021 18:58

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira que gestores públicos de saúde que não tomem as devidas cautelas para garantir a segunda dose de vacinas contra a Covid-19 para a população podem ser punidos por improbidade administrativa.

O entendimento do ministro consta de uma decisão na qual ele suspendeu a vacinação antecipada de policiais e professores do governo do Rio de Janeiro, onde a escassez de doses da CoronaVac para a segunda dose começou na semana passada e mais de 10 cidades já modificaram ou suspenderam a aplicação da segunda dose.

Diversas cidades estão sem estoque para aplicar a segunda dose da CoronaVac, vacina da chinesa Sinovac (NASDAQ:SVA) envasada no Brasil pelo Instituto Butantan -- fato esse que deverá ser objeto de investigação da CPI da Covid no Senado.

Segundo Lewandowski, autoridades governamentais, se decidirem fazer adequações ao plano nacional de imunização às suas realidades locais, precisam dar publicidade às suas decisões e justificá-las com a explicitação de quem será preterido e o prazo em que serão, afinal, imunizadas.