Número de mortos por enchentes no RJ sobe para 12 e duas pessoas seguem desaparecidas

Reuters

Publicado 15.01.2024 15:42

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O número de mortes provocadas pelo temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro no fim de semana subiu para 12, e duas pessoas permanecem desaparecidas, disseram autoridades nesta segunda-feira, depois que ruas se transformaram em verdadeiros rios em diversas cidades da região metropolitana da capital fluminense.

A 12ª vítima confirmada da tragédia foi uma mulher de 39 anos que foi levada pela enxurrada e morreu afogada em Duque de Caixas, na Baixada Fluminense, a região mais afetada pela forte chuva.

Ainda estão sendo procurados por equipes do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil uma mulher que estava dentro de um carro que caiu em um rio também na Baixada e um homem que desapareceu durante o temporal na capital.

Os bombeiros estimam que entre 500 e 600 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas no Estado. Segundo o governo do Rio, ainda serão necessários mais alguns dias para a situação voltar ao normal.

Há, no entanto, previsão de novas chuvas fortes no Estado a partir de quarta-feira.

“Temos 2.400 homens mobilizados, drones, equipamentos e maquinários à disposição. Estamos preparados, não posso afirmar o quanto vai chover. Será uma chuva forte que vem aí. Acreditamos que até lá as cidades afetadas estejam numa situação melhor“, disse o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Leandro Monteiro, em entrevista coletiva.

No último fim de semana, choveu em poucas horas quase 300 milímetros, o volume total esperado para todo mês de janeiro.

Segundo as autoridades, ainda há muitos pontos de alagamento em cidades da Baixada Fluminense, e muitas delas decretaram estado de emergência.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, anunciou que entrou em contato com as cidades afetadas e que o governo federal pode antecipar o pagamento do programa Bolsa Família para os beneficiários que foram afetados pelo temporal.

O governador Cláudio Castro disse que vai conversar nesta segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir ajuda para investimentos em obras de prevenção contra as chuvas.

“Infelizmente esse é o novo normal. As cidades têm que trabalhar cada vez mais na prevenção em tempos de mudança climática“, disse o governador a jornalistas.

Castro saiu de férias na semana passada e estava nos Estados Unidos quando a tragédia aconteceu. Ele voltou ao Rio de Janeiro às pressas para coordenar as ações de enfrentamento aos estragos provocados pela chuva.

O governador minimizou as críticas que recebeu nas redes sociais por estar viajando em um período tradicionalmente de chuvas fortes no Estado.

“Estar fora para mim é problema zero. Quando precisou estar aqui eu estive. Não governo pelas redes sociais, precisou voltar eu voltei“, afirmou.

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