Nuzman é condenado a mais de 30 anos de prisão por compra de votos para Rio sediar Olimpíada

Reuters

Publicado 26.11.2021 08:26

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do comitê organizador da Olimpíada Rio 2016 Carlos Arthur Nuzman foi condenado a mais de 30 anos de prisão por corrupção, organização criminosa, lavagem de ativos e evasão de divisas em um caso em que é acusado de compra de votos para que a capital fluminense sediasse os Jogos Olímpicos.

Na sentença, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, também determinou o bloqueio de bens de Nuzman no valor de 11,4 milhões de reais para ressarcimento de prejuízos causados.

A condenação é um desdobramento da Operação Unfairplay, que apontou o alegado esquema de compra de votos para que o Rio fosse escolhido para sediar os Jogos de 2016.

"Carlos Arthur Nuzman foi o principal idealizador do esquema ilícito perscrutado nestes autos e assim agiu valendo-se do alto cargo conquistado ao longo de 22 anos como presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, razão pela qual a sua conduta deve ser valorada com maior rigor do que a de um corrupto qualquer", escreveu Bretas na sentença.

O ex-presidente do COB, que chegou a ser preso no âmbito da Operação Unfairplay em 2017, mas foi posteriormente solto, poderá recorrer da sentença em liberdade.