Polícia de Kansas City associa tiros em festa do Superbowl a briga, não a terrorismo

Reuters

Publicado 15.02.2024 18:44

Por Brad Brooks e Rich McKay e Brendan O'Brien

(Reuters) - Uma briga envolvendo várias pessoas provocou um tiroteio em Kansas City que matou uma pessoa e deixou outras 22 feridas, após a comemoração do time da cidade por ter vencido o Superbowl, disseram autoridades nesta quinta-feira, acrescentando que não viram nenhuma ligação do incidente com terrorismo. 

Dois jovens e um adulto foram detidos como suspeitos, disse a chefe da polícia, Stacey Graves, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, um dia depois da briga na cidade do Estado do Missouri. Ela mencionou que várias armas de fogo foram recuperadas. 

Graves disse que “uma disputa entre várias pessoas” estava por trás dos tiros que transformaram uma celebração festiva do Kansas City Chiefs, que derrotou o San Francisco 49ers no Superbowl, em uma cena de derramamento de sangue e pânico. 

Mais de um milhão de torcedores se reuniram para um desfile e uma festa, e o som dos tiros fez com que uma multidão de pessoas procurasse abrigo. Dois torcedores que foram à festa acabaram derrubando e detendo um dos suspeitos levados sob custódia. 

Em entrevista nesta quinta-feira, a polícia aumentou o número de vítimas para 23 e disse que as idades variam de 8 a 47 anos. O pessoa que morreu foi identificada como uma popular personalidade de rádio local, Lisa Lopez-Galvan. 

“Temos todas as intenções de apresentar acusações formais”, disse Graves sobre os três suspeitos sob custódia. Suas identidades não foram reveladas. 

A polícia ainda estava tentando determinar se havia mais alguém envolvido no tiroteio. A chefe de polícia afirmou que quer que todos os responsáveis “sejam levados à Justiça”. 

O hospital infantil Mercy afirmou que tratou nove crianças que foram baleadas. O hospital disse em um comunicado que “todas as vítimas que vimos devem se recuperar”. O hospital também tratou outras duas crianças feridas, mas não baleadas na festa, além de um adulto. 

O promotora do Condado de Jackson, Jean Peters Baker, que decidirá se apresentará ou não acusações criminais, escreveu nas redes sociais nesta quinta-feira que usará “todas as ferramentas à disposição pela lei do Missouri que me permitam lidar com essa tragédia”. 

O gabinete de Baker afirmou por telefone que as acusações podem ser feitas ainda na tarde desta quinta-feira, mas não deu mais detalhes.