Setor financeiro: Balanços do 1T23 foram mistos; possível inflexão para Nu, diz XP

Investing.com  |  Autor Jessica Bahia Melo

Publicado 22.05.2023 13:49

Investing.com - A temporada de balanços das instituições financeiras do primeiro trimestre deste ano foi mista, na avaliação da XP Investimentos (BVMF:XPBR31). Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, a XP considera que a maior parte das empresas teve receitas afetadas, mas o cenário macroeconômico adverso impulsionou o aumento da eficiência. Resultados de Banco do Brasil e Itaú Unibanco foram apontados com maior resiliência e lucratividade. Ainda que a XP mantenha Itaú e Banco do Brasil como as preferidas no setor, a surpresa dos indicadores do Nu leva os analistas ao questionamento se este período “poderia ser um ponto de inflexão para o case”. Na visão da XP, os bancos digitais apresentaram melhorias operacionais, mas somente o Nu conseguiu acelerar sua alta na rentabilidade.

Com altas taxas de juros dificultando as atividades, todas as companhias analisadas pela XP melhoraram níveis de eficiência, com foco concentrado na redução de custos. Assim, os analistas enxergam o setor mais otimizado, considerando “males que vem para o bem”. A XP espera que as instituições financeiras possam entregar resultados positivos nos próximos trimestres, com ou sem melhora das condições macro. “No segmento de mercados de capitais, por mais um trimestre, os resultados foram afetados negativamente pela atividade econômica mais fraca. No entanto, essas empresas conseguiram compensar isso com outras fontes de receita e controle de custos”, reforçam os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.

Entre outros pontos elencados pela XP no documento, está o crescimento em ritmo saudável das carteiras de crédito, ainda que alguns players tenham diminuído seu apetite. “Os segmentos do Agronegócio e Indivíduos continuaram a ser os principais impulsionadores deste crescimento. Por outro lado, o segmento corporativo mostrou divergências entre os bancos, possivelmente influenciado pelo evento da Americanas (BVMF:AMER3)”, avalia a XP, que lembra que efeitos da crise ainda foram sentidos nos três primeiros meses deste ano. Houve maior seletividade no crédito, o que manteve as taxas de inadimplência em níveis saudáveis, de forma geral. No entanto, os analistas estimam elevações nesse indicador nos próximos meses.

A XP possui classificação de compra para Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), com preço-alvo de R$61, Itaú (BVMF:ITUB4) , com preço-alvo de R$34 para as ações preferenciais, BR Partners (BVMF:BRBI11), com preço-alvo de R$14,2 para Units, Inter (NASDAQ:INTR), com preço-alvo de R$18 para os BDRs (BVMF:INBR32) e Méliuz (BVMF:CASH3), com preço-alvo de R$2.

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Além disso, a indicação é neutra para Bradesco (BVMF:BBDC4), com preço-alvo de R$18 para papéis preferenciais, Santander (BVMF:SANB11), com preço-alvo de R$34 para Units, B3 (BVMF:B3SA3), com preço-alvo de R$13,6, BTG (BVMF:BPAC11), com preço-alvo de R$27,2 para Units e Nubank (BVMF:NUBR33), com preço-alvo de R$4 para os BDRs.

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