Uber pede ao STF suspensão nacional de processos que discutem vínculo empregatício de motoristas do aplicativo

Reuters

Publicado 04.03.2024 17:08

BRASÍLIA (Reuters) - A Uber (NYSE:UBER) pediu nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) que determine a suspensão de todos os processos individuais e coletivos em curso em instâncias inferiores país afora que discutem se há vínculo empregatício entre a empresa e os motoristas que usam o aplicativo para trabalhar.

A manifestação da empresa vem na esteira de decisão do plenário virtual do STF reconhecendo que o assunto tem repercussão geral, isto é, uma decisão da corte em um julgamento futuro do caso vai servir de baliza para outros casos semelhantes.

O pedido da Uber também ocorre no mesmo dia em que o governo lança projeto de lei para garantir direitos e "padrão remuneratório" a motoristas de aplicativos.

Ao STF, a empresa afirmou que um eventual reconhecimento do vínculo vai "inviabilizar a intermediação oferecida pela Uber por meio da sua plataforma digital, porque o vínculo empregatício é incompatível com seu modelo de negócio".

"Se isso acontecesse antes do pronunciamento final desse egrégio STF, o que se admite apenas por argumentar, a Uber teria que rever sua posição no Brasil e seria obrigada a manter um número infinitamente menor de motoristas-parceiros, o que não interessa – em absoluto – a nenhuma das partes ou aos que serão afetados", argumentou.

DIREITOS