Vendas no varejo do Brasil têm queda inesperada e registram pior outubro em 9 anos, mostra IBGE

Reuters

Publicado 13.12.2017 10:25

Vendas no varejo do Brasil têm queda inesperada e registram pior outubro em 9 anos, mostra IBGE

Por Rodrigo Viga Gaier e Thais Freitas

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - As vendas no varejo brasileiro tiveram queda inesperada e registraram o pior resultado para outubro em nove anos, pressionadas principalmente por hipermercados, móveis e eletrodomésticos, mostrando uma recuperação ainda irregular em meio à retomada gradual da economia.

As vendas no varejo recuaram 0,9 por cento em outubro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, enquanto a expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,2 por cento.

Esse é o resultado mensal mais fraco para o mês de outubro desde 2008, quando houve queda de 1 por cento.

Sobre um ano antes, as vendas registraram avanço de 2,5 por cento, contra projeção de 5,2 por cento.

"Outubro pode ter a ver com uma contenção do consumidor ante a expectativa para as promoções da Black Friday de novembro. É como se fosse um adiamento do consumo para novembro", explicou a economista do IBGE Isabella Nunes.

Entre as oito atividades pesquisadas, cinco tiveram recuo das vendas em outubro, informou o IBGE.

As principais pressões no mês foram exercidas por Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cujas vendas caíram 0,3 por cento em outubro sobre setembro após seis meses de ganhos, e por Móveis e Eletrodomésticos, com queda de 2,3 por cento no período.

As vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentaram recuo de 3,5 por cento no mês, enquanto as de Tecidos, vestuário e calçados caíram 2,7 por cento.

As vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, tiveram recuo de 1,4 por cento, com as vendas de Veículos, motos, partes e peças tendo queda de 1,9 por cento e Material de construção caindo 1 por cento.

A economia brasileira vem mostrando fôlego após dois anos de recessão, porém de maneira ainda gradual em um cenário de inflação e juros baixos e de melhora do mercado de trabalho.

O Produto Interno Bruto (PIB) do país ficou praticamente estagnado no terceiro trimestre deste ano sobre o segundo, mas o consumo das famílias cresceu 1,2 por cento enquanto o comércio registrou avanço de 1,6 por cento.

A expectativa dos economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central é de que o Brasil termine 2017 com um crescimento de 0,91 por cento, acelerando a 2,62 por cento no próximo ano.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações