Studios já são um terço dos lançamentos de imóveis na capital paulista

Estadão Conteúdo

Publicado 07.11.2022 05:10

Atualizado 07.11.2022 10:22

Studios já são um terço dos lançamentos de imóveis na capital paulista

Construtoras e incorporadoras admitem que o mercado para venda de studios pode ser mais difícil em regiões da cidade de São Paulo mais distantes de linhas de metrô, faculdades, hospitais e outros polos de atração de público para moradia e ressaltam que a legislação turbinou os lançamentos. Nos últimos cinco anos, até setembro de 2022, foram lançadas 60.796 unidades de studios com até 30 metros quadrados na capital, com 46.423 vendidas, segundo o Secovi.

Entre 2018 e 2022, de janeiro setembro de cada ano, os lançamentos de studios somaram 35.757 unidades, enquanto as vendas totalizaram 32.821 unidades. "Percebemos que o que foi lançado foi vendido", diz Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP. Mas ele admite que, dependendo localização, nem todo empreendimento vai ter o mesmo desempenho de vendas.

O executivo atribui o aumento da oferta de studios ao "equívoco" do Plano Diretor. A legislação restringiu uma vaga de garagem por unidade em empreendimentos próximos a estações de trem, metrô e corredores de ônibus.

Com isso, as incorporadoras passaram a incluir studios sem garagem nos projetos para conseguir oferecer uma vaga a mais para os apartamentos maiores. Outro benefício dado aos empreendedores por ter studios no projeto é o fato de este tipo de imóvel não ser considerado pela legislação como área construída, o que permite melhor aproveitamento do terreno.

O resultado de tantos estímulos foi o aumento de lançamentos. Em 2016, os studios respondiam 12% do total lançado. Neste ano, a fatia subiu para mais de um terço (34%) dos novos produtos, aponta levantamento da DataZAP+.

"Chegamos a essa mega oferta de compactos porque o Plano Diretor induziu as construtoras a fazer studios", afirma o vice-presidente de operações da construtora Mitre, Rodrigo Cagali.

Localização

O foco da empresa sempre foi apartamentos maiores. Mas, por conta dos benefícios, foram incluídos os compactos nos projetos. Dos R$ 4 bilhões de Valor Geral de Vendas (VGV) lançados em 2020, 2021 e 2022, 20% são imóveis compactos. "É bastante coisa, mas estamos bem vendidos e não temos dor de cabeça."

Cagali diz que o bom desempenho está atrelado também à localização. Ele está preocupado com o risco de uma grande oferta, pois outras empresas lançaram studios em regiões sem vocação para esse imóvel.

Tellio Totaro Jr., superintendente de Incorporação da EzTec (BVMF:EZTC3), concorda. No entanto, acredita que num horizonte próximo há mercado satisfatório para lançamentos de imóveis compactos. "Continuamos com bom volume de vendas e não temos sentido queda na demanda", diz Totaro Jr. Nos últimos três anos, a empresa lançou 1,6 mil studios e já vendeu 60% deles.

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"Hoje não sinto uma superoferta de compactos porque muitos empreendimentos não foram entregues", diz o diretor de vendas da Cyrela (BVMF:CYRE3), Orlando Pereira. Em sua opinião, há risco de ter uma superoferta nos próximos dois anos.

No momento, ele diz que a sua empresa está na "contramão do mercado". Neste ano, vendeu 1,7 mil studios de quase 2 mil lançados no Brooklin, Moema, Perdizes e Jardins.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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