Bolsa abre pressionada por cenário externo e commodities no negativo

Investing.com

Publicado 11.08.2017 09:34

Bolsa abre pressionada por cenário externo e commodities no negativo

Investing.com - A bolsa segue com pressão de baixa vinda do mercado internacional, combinado com um recuo no petróleo e no minério de ferro e balanços corporativos decepcionantes.

O Ibovespa Futuros inverteu a abertura no negativo e opera com leve alta de 0,1% a 66.994 pontos. Ontem, o índice recuou 1% e perdeu o piso de 67 mil pontos, fechando a 66.992 pontos.

O ambiente internacional segue pessimista enquanto os operadores ajustam suas posições para um final de semana de retórica de guerra entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o da Coreia do Norte, Kim Jong-un.

Próximas ao potencial conflito, o Nikkei japonês recuou apenas 0,1%, enquanto o Kospi sul-coreano perdeu 1,7%. A Europa vai para a última parte do pregão com queda de 0,3% no DAX, 1,1% no CAC 40 e de 1,2% no FTSE 100.

Os futuros dos EUA seguem devolvendo os lucros do forte rali da semana passada e operam com baixa de 0,1% no Dow 30 e no S&P 500, enquanto o Nasdaq recua 0,3%.

Pela manhã, Trump voltou a elevar o tom contra a Coreia do Norte e disse que as posições militares dos EUA já estão prontas para uma guerra contra o país, caso este tome alguma atitude incorreta.

Apesar de diversos analistas internacionais ainda não acreditarem na possibilidade de uma guerra real entre os países, a instabilidade dos dois comandantes - Trump e Jong-un - cria um ambiente de incertezas que pressiona os mercados para a busca de ativos de menor risco, especialmente com um final de semana à frente sem negócios.

No Brasil, o governo decidiu ontem durante o pregão adiar para segunda-feira o anúncio da meta fiscal de 2017 e 2018, na expectativa de sinalizações mais claras das negociações do Refis e medidas para conter gastos com funcionalismo. O Ministério do Planejamento indicou déficit de R$ 159 bilhões neste e no próximo ano.

Commodities

O petróleo opera em baixa de 0,2% nas negociações do WTI nos EUA e de 0,1% no Brent, em Londres, depois de uma sequência de dados negativos que mostrou a maior produção global em junho. A Agência Internacional de Energia ainda reduziu sua projeção de demanda.

O minério de ferro enfrentou um dia de ressaca na bolsa de futuros de Dalian e recuou 4,5% para fechar a sessão a 571 iuanes a tonelada. Em Qingdao, a entrega spot perdeu 2% e encerrou o dia a US$ 75,19 a tonelada.

Mundo corporativo

A Petrobras (SA:PETR4) teve queda no lucro líquido do segundo trimestre, a R$ 316 milhões, em resultado abaixo do consenso do mercado devido a despesas bilionárias com a adesão a programas de regularização tributária, preços do petróleo ainda fracos, queda nas exportações e menores vendas domésticas.

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O lucro líquido recuou 14,6% sobre os segundo trimestre de 2016 e 93% ante os três primeiros meses deste ano, com efeitos negativos de R$ 6,234 bilhões da adesão aos programas tributários conhecidos como PRT e Pert. Apesar dos números fracos, os analistas receberam bem o resultado apontando que a linha final mais fraca veio por temas não recorrentes.

A Eletrobras (SA:ELET3) teve lucro líquido de R$ 306 milhões no segundo trimestre, queda de 98% sobre o resultado apurado um ano antes. O Ebitda do período foi de R$ 3 bilhões, queda anual de 87%.

A Vale (SA:VALE5) informou que, de acordo com informações parciais recebidas de bancos, já foi superado o percentual mínimo para a conversão voluntária de ações preferenciais em circulação em ordinárias, como parte do plano da empresa de pulverizar o controle e melhorar a governança.

A BRF (SA:BRFS3) divulgou um prejuízo de R$ 167,3 milhões no segundo trimestre, revertendo um lucro de R$ 31 milhões no mesmo período do ano passado, impactado pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal.

A CPFL Energia (SA:CPFE3) registrou lucro líquido de R$ 123 milhões no segundo trimestre de 2017, queda de 48,7% por cento, em meio a um aumento dos custos da energia elétrica e das despesas financeiras. O Ebitda, contudo, avançou 6,3% para R$ 1,027 bilhão na comparação anual.

A Lojas Americanas (SA:LAME4) teve lucro líquido de R$ 62,7 milhões no segundo trimestre deste ano, um aumento de 23,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado subiu 10,2% na mesma comparação, para R$ 673,1 milhões.

A Copel (SA:CPLE6) teve lucro líquido de R$ 151 milhões no segundo trimestre, queda de 85% frente ao mesmo período do ano passado.

A Kroton (SA:KROT3) teve lucro líquido de R$ 645 milhões no segundo trimestre, crescimento de 15%. O Ebitda do período foi de R$ 700 milhões, avanço de 10,7% na comparação anual.

Com Reuters

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