Embraer recua com redução de participação do maior acionista individual

Investing.com  |  Autor 

Publicado 27.12.2017 13:42

Embraer recua com redução de participação do maior acionista individual

Investing.com - Em meio as negociações de uma parceria com a Boeing, a Embraer (SA:EMBR3) comunicou que a Brandes Investment Partners, maior acionista individual da companhia, informou que a participação dos clientes da gestora na empresa foi reduzida para 14,4039%.

As ações da companhia na B3 (SA:BVMF3) recuam 1% a R$ 20,62 na tarde desta quarta-feira, em um movimento de realização depois de liderar os ganhos ontem ao disparar 5,8%.

Segundo informações do site da fabricante brasileira, a fatia da Brandes, do investidor americano Charles Brandes, era de 15%. Depois dela, aparecem a Mondrian, com 10,1%; o BNDESPar, com 5,4%; e a Blackrock, com 5%.

Na sexta-feira (22) o presidente da república, Michel Temer, afirmou que vê com bons olhos a possibilidade de uma parceria entre a Embraer e a americana Boeing. No entanto, por envolver questões de segurança nacional, Temer descartou qualquer possiblidade da venda d controle da empresa.

No sábado, a Reuters informou que Boeing tem interesse em uma parceria com a Embraer que vá além da aviação comercial e atinja também as áreas de Defesa e serviços mundiais, mas o formato da associação depende de negociações com o governo brasileiro.

Segundo a agência, o grupo aeroespacial norte-americano ainda não fez uma oferta formal, e a estrutura final da proposta deve ser definida após a retomada das conversas, nas próximas semanas. Contudo, fontes dizem que o objetivo é ir bem além de uma joint venture ou de uma simples injeção de capital.

“Uma associação mais ampla seria preferível, mas a Boeing está sensível a preocupações que o governo pode ter quanto a Defesa. Se isso puder ser equacionado, esse acordo pode vingar”, disse uma pessoa com conhecimento direto das negociações.

Os obstáculos políticos diminuíram desde que um escândalo de espionagem prejudicou a Boeing na escolha da compra de caças pelo governo brasileiro, em 2013. O Brasil acabou optando pelos jatos Gripen, da sueca Saab.

Ainda de acordo com a agência, a subida ao poder do presidente Michel Temer — e sua agenda liberal-econômica, com políticas pró-mercado, de privatizações e redução do papel do Estado — animou a Boeing.

Contudo, a alta impopularidade de Temer, que não chega nem a 10% o de aprovação nas pesquisas de opinião, fazem com que autoridades prevejam que ele vetaria qualquer tentativa de compra absoluta da empresa brasileira.

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Analistas dizem que o acordo de outubro, segundo o qual a Airbus assumirá o controle do projeto canadense de aviões da série C, deixou a Embraer exposta com sua aeronave da série E, menor em tamanho, e com possível concorrência da China a caminho.

Embora muitas fontes digam que o acordo ligou o alerta vermelho na Embraer, pessoas envolvidas nas negociações com a Boeing insistem que as conversas já vinham ocorrendo.

"É uma relação de longo prazo que evoluiu com o tempo. Essas discussões estão acontecendo ao longo do ano e foram intensificadas há dois meses, mas muito antes do anúncio da Airbus e da Bombardier. Não é algo reativo", disse uma pessoa próxima às negociações.

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