Entenda como funciona o circuit breaker, mecanismo para conter a volatilidade

Investing.com

Publicado 18.05.2017 05:30

Entenda como funciona o circuit breaker, mecanismo para conter

A revelação de uma gravação que o presidente Michel Temer encoraja a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha e o operador Lúcio Funaro ambos presos pela Lava Jato tem o potencial de derrubar o Ibovespa no pregão desta quinta-feira (17/5). O mercado tentará balizar o impacto da denúncia sobre a - agora difícil - aprovação das reformas e as incertezas que o fato novo traz.

Para evitar uma oscilação extrema nos ativos, a B3 poderá ativar o circuit breaker mecanismo que suspende a negociação para proteger os papéis contra a excessiva volatilidade.

Não há previsões de analistas que apontem para uma perda tão violenta na abertura de quinta-feira, mas entenda abaixo como funciona o mecanismo:

10% - Se o índice variar mais de 10% em qualquer direção, os negócios são interrompidos por 30 minutos

15% - No retorno às atividades, se o Ibovespa atingir 15% de variação sobre o fechamento anterior a B3 poderá suspender o pregão por uma hora

20% - Caso a variação atinja 20%, a B3 poderá interromper por tempo indefinido a negociação.

Não há a aplicação de circuit breaker na última meia hora de pregão.

Considerando o fechamento de quarta-feira (17/5) a 67.540, a variação de 10% representa romper os 60.786 pontos na margem inferior ou os 74.294 pontos. Os 15% representam 57.409 pontos e 77.671 pontos, enquanto os 20% correspondem a 54.032 pontos e 81.048 pontos.

Crise de 2008

O mecanismo foi adotado em cinco ocasiões durante a crise global em 2008, em 29 de setembro e em outubro, nos dias 6, 10 15 e 22. A maior variação diária ocorreu no dia 6 de outubro, quando o índice afundou 15,5% na mínima do dia. O circuit breaker também foi acionado nas vésperas da adoção do câmbio livre, em 13 e 14 de janeiro de 1999 e em diversas vezes em 1998 durante a crise russa e no ano anterior, na crise asiática. Em 11 de setembro de 2001, após os atentados às torres gêmeas em Nova York, a Bovespa suspendeu o pregão definitivamente às 11h15 quando o índice cedia 9,18%.

No mesmo ano, nos dias 13 e 28 de outubro e em 24 de novembro, a variação máxima para o positivo foi atingida com o Ibovespa superando os 14,6% no dia 13.

Ações em leilão

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Já os papéis também podem entrar em leilão se registrarem uma variação grande em relação ao fechamento anterior. Variações acima de 3% já podem desencadear leilões curtos de 5 minutos de duração, que podem chegar até 30 minutos caso cedam mais de 50%.

Durante o leilão apenas são registradas ofertas de compra de valores iguais ou maiores que o da ação no momento da suspensão. Não há limite de vezes que um ativo pode entrar em leilão.

Variação Prazo do leilão
Com oscilação positiva ou negativa de 3% a 8,99% sobre o último preço, para os papéis que fazem parte de carteira de índices da Bolsa 5 minutos
Com oscilação positiva ou negativa a partir de 9% sobre o último preço, para os papéis que fazem parte de carteira de índices da Bolsa 15 minutos
Demais papéis com oscilação positiva ou negativa de 10% a 19,99% sobre o último preço. 5 minutos
Demais papéis com oscilação positiva ou negativa de 20% a 49,99% sobre o último preço 15 minutos
Demais papéis com oscilação positiva de 50% a 99,99% sobre o último preço. 30 minutos
Demais papéis com oscilação superior a 100% sobre o último preço 1 hora
Demais papéis com oscilação negativa superior a 50% sobre o último preço. 1 hora
Com oscilação positiva ou negativa a partir de 10% sobre o preço-base estabelecido pela Bolsa. 1 até 15 minutos

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