Ibovespa fecha em queda após euforia da véspera, com exterior negativo e de olho em balanços

Reuters

Publicado 09.11.2017 18:39

Ibovespa fecha em queda após euforia da véspera, com exterior negativo e de olho em balanços

Por Flavia Bohone

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da B3 (SA:BVMF3) fechou em queda nesta quinta-feira, com o cenário mais negativo em Wall Street motivando ajustes de preços, em dia de agenda intensa de balanços e com investidores ainda de olho na cena política, após a retomada da expectativa por algum avanço da reforma da Previdência.

O Ibovespa fechou em queda de 1,93 por cento, a 72.930 pontos, após ter caído 2,11 por cento na mínima do dia. O giro financeiro do pregão foi de 9,13 bilhões de reais.

No exterior, os principais índices acionários dos Estados Unidos caíam, pressionados pelo aumento nas preocupações com o atraso nos planos de reforma tributária. O S&P 500 caía cerca de 0,5 por cento.

"O atraso em si pode até ser visto como positivo para os mercados emergentes, mas o mau humor do mercado acabou pesando aqui", disse o analista da Um Investimentos Aldo Moniz.

Localmente, após a euforia da véspera, quando o Ibovespa subiu 2,69 por cento, a cautela voltou a rondar os negócios, com investidores monitorando as articulações do governo para conseguir emplacar a votação da reforma da Previdência ainda este ano e também na expectativa pelo texto final da proposta.

"Ontem, a possibilidade (de avançar a proposta) voltou à mesa e o mercado reagiu bem, mas o recado também é claro: não pode deixar morrer o assunto senão devolve todo o ganho", disse Moniz.

DESTAQUES

- ELETROBRAS ON (SA:ELET3) caiu 4,93 por cento e ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) teve queda de 5,36 por cento, entre as maiores perdas do Ibovespa, com os papéis pressionados após o BNDES divulgar pela manhã as regras básicas para o leilão de privatização de seis distribuidoras de eletricidade da estatal, prevendo ajustes financeiros para acomodar uma dívida de quase 21 bilhões de reais.

- ULTRAPAR ON (SA:UGPA3) perdeu 4 por cento, após o balanço do terceiro trimestre mostrar alta de 46 por cento no lucro líquido, para 556 milhões de reais. Para analistas do Credit Suisse, o impulsos no lucro já era esperados, como aumento nos volumes de combustível e margens de distribuição, impulsionadas por ganhos extraordinários de estoque. Ainda na visão do banco, embora o resultado traga os primeiros sinais de uma recuperação, deve levar a revisões para baixo das metas de crescimento da empresa para o ano.

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- BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3) teve baixa de 2,57 por cento, após reportar seus resultados do terceiro trimestre que, segundo analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS), mostraram resultado operacional fraco, apesar do lucro líquido ajustado de 2,708 bilhões de reais ter ficado 8 por cento acima da estimativa da equipe do Morgan.

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) caiu 2,7 por cento e BRADESCO PN (SA:BBDC4) perdeu 3,62 por cento, ajudando a pressionar o índice devido ao peso em sua composição.

- BRASKEM PNA (SA:BRKM5) recuou 1,81 por cento, após seu balanço do terceiro trimestre apontar queda de 7 por cento no lucro líquido consolidado ante igual período do ano passado, para 764 milhões de reais.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) caiu 1,36 por cento e PETROBRAS ON (SA:PETR3) recuou 1,35 por cento, na contramão do movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE ON (SA:VALE3) caiu 3,36 por cento, em sessão de perdas para os contratos futuros do minério de ferro na China.

- FIBRIA ON (SA:FIBR3) subiu 5,25 por cento, SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA (SA:SUZB5) teve alta de 5,18 por cento e KLABIN UNIT (SA:KLBN11) avançou 2,26 por cento, entre os destaques positivos do índice. A BB Investimentos comentou em relatório que as pressões esperadas sobre os preços de celulose para o final deste ano se dissiparam.

- CARREFOUR BRASIL ON (SA:CRFB3) caiu 4,81 por cento, após os resultados do terceiro trimestre que, segundo analistas do JP Morgan mostraram números mistos, com destaque positivo para os números do Atacadão, enquanto a surpresa negativa ficou foi o desempenho das operações de varejo com o Ebitda recorrente caindo 30 por cento ano a ano.

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