Ibovespa Futuro em alta com denúncia de Temer e valorização das commodities

Investing.com

Publicado 27.06.2017 09:07

Ibovespa Futuro em alta com denúncia de Temer e alta das commodities

Investing.com - O dia será cheio para o mercado financeiro nesta terça-feira após a denúncia de Michel Temer ao STF por corrupção passiva. Além do fato novo, os investidores ficarão atentos à disparada do minério de ferro e a alta do petróleo nos terminais internacionais e a fala de Janet Yellen e outros diretores do Fed.

O Ibovespa Futuro abriu em queda e virou para alta em menos de cinco minutos, aos 63.100 pontos, enquanto os investidores buscam orientação do mercado para o pregão de hoje. Ontem, o Ibovespa surpreendeu ao avançar 1,8% e fechar acima dos 62 mil pontos, empurrado por bancos, siderúrgicas e Vale (SA:VALE5), com exterior positivo.

Os futuros nos EUA operam com perdas, com queda de 0,1% no Dow e no S&P 500 e de 0,3% no Nasdaq. Bolsas europeias perdem, devolvendo parte dos lucros de ontem. DAX e CAC 40 cedem 0,6%, enquanto o FTSE 100 desvaloriza 0,3%.

O procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ontem à noite ao STF o presidente Michel Temer pelo crime de corrupção passiva com base na delação da J&F e das ações controladas promovidas pela PF que flagraram seu assessor Rodrigo Rocha Loures recebendo uma mala de dinheiro.

Apesar de amplamente aguardada pelo mercado e sem trazer fortes elementos inéditos, a denúncia cria um fato novo e empurra o governo para mais meses de incerteza. A denúncia precisa ser aceita pela suprema corte e, a seguir, será encaminhada à Câmara dos Deputados para que os parlamentares autorizem o processo.

O governo Temer se enfraquece ainda mais e passa a depender dos deputados para se salvar, o que abre caminho para que os projetos do governo - reforma da Previdência entre eles - sejam desidratados ao gosto dos deputados, que terão capacidade de negociar - e chantagear - o Planalto.

O passado recente pode dar bons ensinamentos a Temer. Meses antes da histórica e constrangedora votação do recebimento da denúncia de crime de responsabilidade fiscal contra a ex-presidente Dilma Rousseff, a expectativa era que a base aliada será capaz de impedir os dois terços de votos necessários para evitar um processo contra a presidente. O desenrolar é conhecido: Eduardo Cunha colocou em votação, Dilma foi afastada com mais de 70% dos votos.

Articulador político melhor que a sua antecessora, Michel Temer tem a favor de si algumas vantagens, segundo a Eurásia, o primeiro é a falta de uma alternativa clara para sua sucessão. Além disso, os sinais de recuperação econômica e a fraca manifestação nas ruas reduz a pressão sobre o presidente.

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O fato é que a denúncia, mesmo que no fim recusada na Câmara, se arrastará pelos próximos meses até que cumpra todo o trâmite necessário para a aprovação, o que cria um ambiente de enfraquecimento de Temer frente aos deputados. As negociações dos trechos mais polêmicos das reformas deverão ser interrompidas após o deslocamento do centro do poder do Palácio do Planalto para o Congresso.

Olho no Federal Reserve

O calendário de eventos no exterior é marcado pelos discursos de diretores do Federal Reserve, entre eles a presidente Janet Yellen, que fala às 14h. Patrick Harker, presidente do Fed de Filadélfia, deve fazer um discurso sobre a perspectiva econômica ao passo que Neel Kashkari, presidente do Fed de Mineápolis, deve fazer discurso em evento da prefeitura de Michigan. O mercado ficará atento a novas pistas de quando o Fed deverá elevar juros ou por mais detalhes na redução do balanço.

Commodities em alta

O petróleo se encaminha para sua quarta sessão seguida de alta, depois de tocar a mínima desde agosto de 2016 nos EUA. O contrato futuro para entrega em agosto sobe 1,4% e é negociado logo abaixo da marca de US$ 44, o que não ocorre desde 21 de junho. O Brent é vendido na máxima do dia às 9h aos US$ 46,78, com alta de 1,6%.

Hoje à noite o instituto americano de petróleo (API) deverá divulgar seu relatório semanal de estoques dos EUA, o que dá uma sinalização do dado oficial do país que será publicado amanhã. A expectativa é que a agência de energia dos EUA aponte uma redução de 2,2 milhões de barris nas reservas do país.

O minério de ferro disparou 6% nas negociações dos contratos futuros na bolsa de Dalian e fechou a 456,5 iuanes a tonelada. A negociação spot no porto de Qingdao também mostrou força e avançou 5%, fechando do dia a US$ 59,70a tonelada. O movimento dá força aos papéis da Vale e de siderúrgicas, que já foram destaques no pregão de ontem.

Mundo corporativo

O Itaúsa (SA:ITSA4) anunciou que estuda comprar conjuntamente com a Cambuhy a participação da J&F na fabricante de roupas esportivas e calçados Alpargatas (SA:ALPA4).

A Natura (SA:NATU3) concluiu a compra de 100% da marca britânica The Body Shop que pertencia à francesa L'Oreal (PA:OREP).

A Petrobras (SA:PETR4) paralisou a produção da plataforma P-35, no campo de Marlim, na Bacia de Campos, após registrar vazamento de água oleosa no mar. Ontem, o presidente da companhia, Pedro Parente, disse que o endividamento da companhia gerou uma conta com juros que supera a média das outras petrolíferas em cerca de US$ 6 bilhões por ano.

A superintendência-geral do Cade aprovou, sem restrições, a aquisição de controle da Car Rental Systems, do Grupo Hertz, pela Localiza (SA:RENT3).

O grupo Fleury (SA:FLRY3) anunciou que desdobrará suas ações ordinárias na proporção de 2 para 1, com data ex a partir de hoje e crédito das ações na sexta-feira (30/6).

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