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Publicado 21.03.2017 09:09
À espera de Petrobras,, investidor doméstico opera de olho em Brasília, Vale e terceirização
Por Marcelo Silva
Investing.com - Sem destaques na agenda econômica nesta terça-feira, quem opera no Ibovespa deve dividir suas atenções entre os cenários político e corporativo. Notícias internacionais e a indefinição dos preços das commodities também devem atrair os holofotes na segunda sessão da semana.
A expectativa pelo balanço da Petrobras (SA:PETR4), que será divulgado após o fechamento do pregão, deve movimentar as ações negociadas no índice local. Segundo analistas consultados pelo Valor Econômico, a petroleira deve voltar a apresentar um balanço trimestral positivo. A média das projeções de seis bancos procurados pela publicação espera um lucro de R$ 3 bilhões no quarto trimestre de 2016.
Ainda no ambiente corporativo, os agentes devem digerir a decisão da Moody’s de elevar o rating da Vale (SA:VALE5) de “Ba3”para “Ba2”, com perspectiva positiva. Outra informação sobre a mineradora, os investidores também assimilam a notícia de que o novo presidente da Vale será definido no início de abril.
O índice futuro opera com ganhos de 0,2% às 9h15 aos 65.410 pontos.
De olho em Brasília, os agentes também devem repercutir os rumores de que o governo já trabalha com a possibilidade de aprovar a reforma da Previdência no Congresso apenas no segundo semestre. Além disso, a possibilidade de o projeto que libera a contratação de mão de obra terceirizada para todas as atividades de empresas ser votada hoje na Câmara dos Deputados podem mexer com o humor de quem opera no índice doméstico.
Também no cenário doméstico, as atenções devem estar voltadas para a nova fase da Operação Lava Jato, que investiga pessoas ligadas ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, e aos senadores Renan Calheiros, Humberto Costa e Valdir Raupp.
Os desdobramentos da Operação Carne Fraca também serão acompanhados de perto. União Europeia, China, Chile e Hong Kong suspenderam parcialmente a importação de carne brasileira até que as suspeitas de irregularidade sejam explicadas.
A possibilidade de quebra do sigilo pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, da lista enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, à Suprema Corte, com pedidos de abertura de inquérito contra político, em decorrência das delações de ex-executivos da Odebrecht, também estarão no radar dos agentes locais.
Do ambiente internacional, os investidores domésticos assimilam o alívio na Europa, após pesquisas mostrarem que o centrista Emmanuel Macron venceu o debate entre os candidatos à presidência da França.
No mercado de commodities, os agentes se dividem entre a recuperação dos preços do petróleo no exterior e forte queda das cotações do minério de ferro.
Escrito por: Investing.com
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