Petróleo e metais disparam em 2016 por cortes de produção e expectativa de demanda

Reuters

Publicado 30.12.2016 12:07

Petróleo e metais disparam em 2016 por cortes de produção e expectativa de demanda

CINGAPURA (Reuters) - O petróleo, a borracha e alguns metais devem encerrar 2016 com fortes ganhos, recuperando-se de diversos anos de perdas, às custas de cortes de produção e expectativas de demanda mais forte.

Os contratos de referência do zinco, do vergalhão de aço e da borracha subiram cerca de 60 por cento neste ano, enquanto o petróleo Brent subiu mais de 50 por cento.

Os cortes de produção do petróleo anunciados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a demanda acima do esperado em importantes mercados de commodities na China e expectativas de maiores gastos com infraestrutura nos Estados Unidos, após a vitória do candidato republicano Donald Trump, impulsionaram os preços.

Olhando adiante, os preços do petróleo devem gradualmente subir em direção aos 60 dólares por barril até o fim de 2017, mostrou uma pesquisa da Reuters, mas os ganhos serão limitados pela força no dólar, por mais exportações de petróleo dos EUA e pela possibilidade de que alguns membros da Opep não cumpram seus cortes.

"Rápidos declínios de produção de países de fora da Opep e a decisão do grupo de reduzir a produção foram cruciais para a alta nos preços em 2016", disse o analista da Energy Aspects Nevyn Nah, enquanto o sólido crescimento na demanda também ajudou a sustentar os preços.