Mercado futuro dos EUA continua em alta; discursos do Fed em pauta

Investing.com – O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura em alta nesta segunda-feira, já que o entusiasmo com compras permanecia sustentado após o Dow encerrar a semana passada com 8 fechamentos em máximas recordes seguidos devido a um forte relatório mensal de emprego que continuava a mostrar força no mercado de trabalho dos EUA.

O índice blue chip futuros do Dow ganhava 34 pontos, ou 0,16%, às 06h59 em horário local (07h59 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 tinham ganhos de 3 pontos, ou 0,11%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 subia 7 pontos ou 0,12%.

Após o relatório de empregos da semana passada, o calendário econômico dará uma pausa aos investidores nesta segunda-feira com uma série de divulgações de menor relevância como o índice das tendências de emprego do Conference Board, o índice das condições do mercado de trabalho do Fed ou o crédito ao consumidor.

Na sequência dos fortes dados sobre o mercado de trabalho, o foco desta semana se voltará para a inflação com a publicação tanto do índice de preços ao produtor quanto do índice de preços ao consumidor (IPC) na quinta e na sexta-feira, respectivamente.

Dados indicando inflação mais forte seriam um ingrediente crucial para que os mercados realinhassem suas perspectivas com a perspectiva do Fed de que a instituição aumentará os juros em dezembro. Os futuros do fundo do Fed apostam em apenas 50% de chances de um aumento até o fim do ano.

Nesse sentido, agentes de mercado prestarão muita atenção a discursos de membros do Fed que ocorrerão nesta segunda-feira.

James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, fará discurso sobre a economia e a política monetária dos EUA às 12h45 (horário de Brasília) ao passo que Neel Kashkari, dirigente do Fed de Mineápolis, deverá participar de uma sessão moderada de perguntas e respostas às 14h25.

Enquanto é esperado o próximo lote de referências, o dólar presenciou a coleta de lucros após ter registrado seu maior ganho em um dia neste ano, que ocorreu devido ao forte relatório de empregos.

O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,09% para 93,29 às 08h00 (horário de Brasília).

Com relação a empresas, a Fresenius Medical Care KGAA ST (DE:FMEG), empresa de saúde da Alemanha, chegou a um acordo para adquirir a NxStage Medical (NASDAQ:NXTM), empresa norte-americana de dispositivos de diálise, por cerca de US$ 2 bilhões em espécie.

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Com a temporada de resultados começando a se acalmar, algumas empresas como CBS (NYSE:CBS), Marriott International Inc (NASDAQ:MAR), Avis Budget (NASDAQ:CAR), Tyson Foods (NYSE:TSN), LendingClub (NYSE:LC) e First Data Corp (NYSE:FDC) divulgarão resultados nesta segunda-feira.

Empresas varejistas em dificuldades, como Macy's (NYSE:M), Nordstrom (NYSE:JWN), Kohl’s (NYSE:KSS) e JC Penney (NYSE:JCP), provavelmente serão o principal foco com relação a resultados ao se aproximar o final da semana.

Empresas de comunicação, como Disney (NYSE:DIS) e News Corp (NASDAQ:NWSA), bem como algumas que passaram recentemente a ser negociadas em bolsa como a Snap (NYSE:SNAP) e a Blue Apron (NYSE:APRN) também deverão chamar a atenção.

Enquanto isso, preços do petróleo caíam em torno de 1% nesta segunda-feira, já que agentes do mercado aguardavam a reunião de alguns ministros de petróleo de países produtores da OPEP e externos à organização para avaliar como o grupo pode melhorar a conformidade com os cortes de produção que tiveram início no começo do ano.

A reunião de dois dias que se inicia ainda hoje em Abu Dhabi discutirá os níveis de conformidade dos membros com o acordo sobre limites globais de produção que estará em curso até março de 2018.

Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,99%, atingindo US$ 49,09 às 07h01 em horário local (08h01 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent tinha queda de 1,05%, com o barril negociado a US$ 51,87.

Investidores também estavam de olho em desdobramentos geopolíticos envolvendo a Coreia do Norte.

O Conselho de Segurança da ONU decidiu por unanimidade impor novas sanções à Coreia do Norte no último sábado com o intuito de pressionar o país a encerrar seu controverso programa nuclear. As sanções podem reduzir as receitas anuais de US$ 3 bilhões Coreia do Norte, obtidas com exportações, em um terço.

A Coreia do Norte denunciou as últimas sanções, afirmando que infringe sua soberania e prometeu tomar "sérias ações", afirmou a agência oficial de notícias do país, a KCNA.

Além disso, bolsas de todo o mundo atingiam novos recordes máximos nesta segunda-feira, já que resultados melhores do que o esperado e dados econômicos positivos dos EUA melhoravam o humor dos investidores.

De quase 1.000 empresas no índice MSCI World que divulgaram resultados, 67% superaram expectativas, de acordo com dados da Reuters.

Bolsas asiáticas estavam em alta de forma geral nesta segunda-feira, cada uma delas subindo cerca de 0,5%.

Bolsas de valores da Europa estavam em diferentes direções. O DAX da Alemanha caía cerca de 0,5%, sob pressão devido ao fato de que a produção industrial do país inesperadamente reduziu pela primeira vez este ano.