Candidato social democrata alemão venceria Merkel em eleição direta para chanceler, diz pesquisa

Reuters

Publicado 17.02.2017 07:47

Candidato social democrata alemão venceria Merkel em eleição direta para chanceler, diz pesquisa

BERLIM (Reuters) - Martin Schulz, o candidato social democrata nas eleições federais da Alemanha marcadas para setembro, venceria a chanceler Angela Merkel se houvesse uma eleição direta para a liderança de governo, mostrou uma pesquisa nesta sexta-feira.

A pesquisa do Forschungsgruppe Wahlen para a emissora ZDF mostrou que 49 por cento dos alemães querem que Schulz, ex-presidente do Parlamento europeu, seja chanceler, enquanto 38 por cento preferem que Merkel permaneça no cargo.

O resultado marca uma mudança em relação a janeiro, quando pesquisa do mesmo instituto mostrou 44 por cento de apoio a Merkel contra 40 por cento de Schulz, disse a ZDF.

Outro levantamento também divulgado neste mês já havia mostrado que Schulz ultrapassou Merkel.

O partido social democrata (SPD, na sigla em alemão), membro minoritário na coalizão de governo liderada por Merkel, tem ficado atrás de seus parceiros do bloco conservador por anos nas pesquisas de opinião, até a indicação de Schulz ressuscitar o apoio ao partido, que venceu uma eleição pela última vez em 2002, com Gerhard Schroeder.

Levando em conta a votação por partido, a pesquisa mostrou aumento de 6 pontos percentuais no apoio ao SPD, para 30 por cento, maior nível já registrado por este instituto nesta legislatura.

O bloco conservador encabeçado por Merkel --formado pelo partido Democrata Cristão (CDU, em alemão), da chanceler, e por seu aliado bávaro União Social Cristã (CSU (SA:CARD3), na sigla local)-- perdeu 2 pontos, para 34 por cento.

A legenda anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AfD) perdeu 1 ponto percentual, mas está na terceira posição com 10 por cento de apoio. O partido tem sido impulsionado pelos temores com a segurança e com a integração de mais de 1 milhão de imigrantes que chegaram à Alemanha nos últimos dois anos.

O AfD está à frente dos Verdes, com 9 por cento, e do partido de extrema esquerda Linke, que soma 7 por cento. O pró-mercado Democratas Livres (FDP) aparece com 6 por cento, o suficiente para superar a barreira de 5 por cento de apoio necessária para se obter cadeiras no Parlamento.