Publicado 10.12.2018 14:06
Governo Bolsonaro é testado em 1ª crise após eleição
Money Times - O fim da transição governamental ocorre no pior momento para Jair Bolsonaro desde a eleição, avalia a MCM Consultores em uma análise enviada a clientes nesta segunda-feira (10). O presidente eleito completou ontem a sua equipe ministerial com o anúncio de Ricardo de Aquino Salles para estar à frente da pasta do Meio Ambiente.
“A revelação das transações financeiras do motorista e assessor de Flávio Bolsonaro e o vazamento das brigas entre deputados do PSL no grupo do Whatsapp da bancada tumultuaram o ambiente no entorno do presidente eleito. O caso do motorista pode ser classificado como a primeira crise do novo governo”, destaca a consultoria.
Bolsonaro será diplomado hoje pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que enviou cerca de 700 convites para a cerimônia de diplomação do presidente e de seu vice Hamilton Mourão, a partir das 16h. Após a diplomação, ele continuará em Brasília para, entre outros compromissos, receber parlamentares de partidos potenciais aliados no Congresso, lembra a MCM.
“Na semana passada, Bolsonaro conversou com MDB, PRB, PSDB e PR. Nesta semana será a vez de DEM, PSD, PSL, PP e PSB. Este último tende a não apoiar Bolsonaro, mas alguns parlamentares do partido se dispuseram a encontrar o presidente eleito”, destaca a análise.
Reformas
As reformas econômicas, como a da Previdência, só devem mesmo ganhar corpo após o recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18.
“Dificilmente um fator doméstico deverá dar um grande impulso de otimismo antes do final do recesso no início de fevereiro. Isso porque a definição das reformas a serem apresentadas e das estratégias de negociação só ficarão mais claras após conversas com o novo Congresso. A formação da equipe econômica e as principais diretrizes já estão nos preços correntes dos ativos financeiros, ainda que pressionados por fatores externos”, destaca o economista Roberto Padovani em um relatório enviado a clientes hoje (10).
Por Money Times
Escrito por: Money Times
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