Temer está bem e pode ter agenda normal, mas usará sonda por 3 semanas, dizem médicos

Reuters

Publicado 14.12.2017 21:14

Temer está bem e pode ter agenda normal, mas usará sonda por 3 semanas, dizem médicos

Por Tatiana Ramil

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Michel Temer está muito bem depois de passar por procedimento cirúrgico urológico, é uma pessoa saudável, mas precisará ter precauções nas próximas semanas que o levaram a adiar uma viagem em janeiro, afirmaram nesta quinta-feira os médicos que tratam do presidente.

Temer usará uma sonda nas próximas três semanas em consequência do procedimento realizado na véspera.

O presidente receberá alta na sexta-feira, após ficar um dia a mais no hospital em função de medicamentos que está tomando para o coração em decorrência da angioplastia realizada mês passado.

"Ele ficou mais um dia por segurança, ele toma remédios para deixar o sangue mais fino, por causa da angioplastia. Esses remédios podem aumentar o risco de sangramento e não pode ficar sem essa medicação. Foi mais para observar mesmo", disse em entrevista coletiva o doutor Roberto Kalil Filho, um dos responsáveis pelo atendimento do presidente no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

"Amanhã ele terá alta até a hora do almoço e vai cumprir agenda normal...Ele está ótimo", acrescentou.

De acordo com o médico Miguel Srougi, foram realizadas há cerca de um mês biópsias da bexiga e da próstata, que "foram normais, então se descartou qualquer processo grave".

No final de outubro, o presidente passou em São Paulo por uma cirurgia na próstata, depois der ter sofrido uma obstrução urinária que fez com que fosse levado a um hospital de Brasília dias antes.

Posteriormente, já no final de novembro, Temer foi internado no Sírio-Libanês para ser submetido a uma angioplastia e para realizar uma revisão da cirurgia na próstata.

Esses episódios, segundo Kalil, são "intercorrências que acontecem com qualquer um de nós".

"O presidente é uma pessoa extremamente saudável", ressaltou.

No entanto, haverá precauções a serem tomadas, que são o cuidado para não ter sangramento importante e tentar preservar a uretra aberta, por isso a colocação da sonda por três semanas, o que inviabilizou uma viagem prevista ao sudeste asiático no início de janeiro.

O adiamento da viagem ocorreu por "ponderação médica", disse Kalil. O presidente, porém, poderá cumprir uma agenda normal em Brasília.

"Ele vai viver bem nesse período. É possível sair e trabalhar normalmente, porque ele não tem nenhuma incisão, nada muito agressivo", explicou Miguel Srougi, acrescentando que o procedimento feito na quarta-feira foi considerado "simples".

"Há 15 dias ele notou que o jato urinário começou a se enfraquecer e começou a ter dificuldade de urinar. Essa semana a dificuldade aumentou muito", disse o médico.

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