Poder360
Publicado 12.10.2023 09:47
Atualizado 12.10.2023 10:11
25 norte-americanos morreram na guerra em Israel, dizem EUA
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta 5ª feira (12.out.2023) que pelo menos 25 cidadãos norte-americanos morreram na guerra entre Israel e Hamas, iniciada no sábado (7.out). A declaração de Blinken foi dada a jornalistas depois de uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Tel Aviv, capital do país.
“Tragicamente, o número de vidas inocentes ceifadas pelos ataques hediondos do Hamas continua a aumentar. Entre eles, sabemos agora que pelo menos 25 cidadãos -norte-americanos foram mortos”, disse o secretário.
Em sua fala, Netanyahu afirmou que o Hamas será “esmagado”, tal como o Estado Islâmico: “O Hamas é o Estados Islâmico, e assim como o Estados Islâmico foi esmagado, o Hamas também será esmagado. O Hamas deve ser tratado exatamente da mesma forma que o ISIS foi tratado”.
“Nenhum líder deveria reunir-se com eles [Hamas], nenhum país deveria abrigá-los. E aqueles que o fizerem devem ser sancionados”, disse o primeiro-ministro israelense.
Netanyahu também agradeceu aos EUA pelo apoio que tem dado a Israel. No domingo (8.out), o Secretário de Defesa norte-americano, Lloyd J. Austin 3º, anunciou o envio de equipamentos de defesa ao país do Oriente Médio.
O presidente dos EUA, Joe Biden, também prometeu reforçar o apoio militar ao aliado. O Estado israelense já é o maior beneficiário de ajuda militar dos EUA: só em 2023, foram US$ 3,8 bilhões.
h2 ENTENDA O CONFLITO/h2 Embora seja o maior conflito armado na região nos últimos anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas. Os 2 grupos reivindicam o território, que possui importantes marcos históricos e religiosos para ambas as etnias.O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Possui um braço político e presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária, mas a organização é mais conhecida pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza.
O grupo assumiu o poder na região em 2007, depois de ganhar as eleições contra a organização política e militar Fatah, em 2006.
A região é palco para conflitos desde o século passado. Há registros de ofensivas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021 entre Israel e Hamas, além da 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948), a Crise de Suez (1956), Guerra dos 6 Dias (1967), 1ª Intifada (1987) e a 2ª Intifada (2000). Entenda mais aqui.
Os atritos na região começaram depois que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez a partilha da Palestina em territórios árabes (Gaza e Cisjordânia) e judeus (Israel), na intenção de criar um Estado judeu. No entanto, árabes recusaram a divisão, alegando terem ficado com as terras com menos recursos.
h2 ATAQUE A ISRAEL/h2 O Hamas, grupo radical islâmico de orientação sunita, realizou um ataque surpresa a Israel no sábado (7.out). Israel declarou guerra contra o Hamas e começou uma série de ações de retaliação na Faixa de Gaza, território palestino que faz fronteira com Israel e é governado pelo Hamas.Os ataques do Hamas se concentram, até o momento, ao sul e ao centro de Israel. Caso o Hezbollah faça novas investidas na fronteira com o Líbano, um novo foco de combate pode se estabelecer ao norte de Israel.
O tenente-coronel israelense, Richard Hecht, afirmou que o país “olha para o Norte” e que espera que o Hezbollah “não cometa o erro de se juntar [ao Hamas]”.
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Escrito por: Poder360
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