Após ameaça de greve dos caminhoneiros, ainda há protestos pontuais, sem bloqueio

Estadão Conteúdo

Publicado 27.07.2021 12:33

Atualizado 27.07.2021 15:47

Após ameaça de greve dos caminhoneiros, ainda há protestos pontuais, sem bloqueio

As manifestações de caminhoneiros continuam ocorrendo pelo País nesta terça-feira, 27, segundo representantes da categoria. Os atos, iniciados no último domingo, seguem com protestos pontuais nas margens de rodovias, com extensão de faixas nos acostamentos e veículos paralisados em postos de combustíveis . Não há relatos de interrupção do fluxo das estradas, tanto federais quanto estaduais. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) não registrava até o começo da tarde nenhum ponto de bloqueio ou interdição em rodovia federal, informou em nota enviada ao Estadão/Broadcast.

O presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, disse que a mobilização está dentro do planejado pela entidade, que convocou os atos. "Está tudo parado nos pontos previstos, como o Porto de Santos. Nos demais pontos, também há adesão. Aos poucos, motoristas estão aderindo. É o efeito cascata, como esperávamos", afirmou Dias.

Ele estima que há protestos em pelo menos 23 Estados e reforça que os atos seguirão por tempo indeterminado. Segundo Dias, há rumores nos piquetes de que os preços dos combustíveis poderão ser reajustados novamente nesta semana. "Se ocorrer, é jogar gasolina no fogo", afirmou.

No Porto de Santos, a entrada e a saída de caminhões no terminal portuário estava normal na manhã desta terça-feira, segundo as autoridades portuárias da região. Um grupo de cerca de 30 manifestantes carregando faixas promove manifestação pacífica, sem interdição do tráfego, iniciada na segunda-feira, 26, na margem direita do terminal, na Avenida Augusto Barato.

As informações são da Autoridade Portuária de Santos (SPA), da Comissão Estadual de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis do Estado de São Paulo (Cesportos) e do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), divulgadas em nota conjunta enviada à reportagem. Segundo as autoridades portuárias, na margem esquerda, na região do Guarujá, o acesso ao porto ocorre normalmente e não há registro de nenhuma anormalidade. "O trânsito permanece liberado, com acompanhamento de autoridades locais. O Porto de Santos opera normalmente", disseram, na nota.

As reivindicações dos caminhoneiros incluem mudança da política de preços da Petrobras (SA:PETR4), para combustíveis de Paridade de Importação (PPI) para Paridade de Exportação (PPE); o cumprimento do piso mínimo do frete rodoviário; aposentadoria especial e mudanças no projeto do governo federal para cabotagem.

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O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, estima que mais de cem pontos de protestos foram formados pelo País em 15 Estados na segunda-feira. As informações sobre a manifestação desta terça ainda estão sendo mensuradas, segundo Litti.

As incertezas quanto ao rumo do movimento também permanecem, já que a realização da greve não é uma decisão unânime na categoria. Outro ponto que inibe a adesão dos caminhoneiros é o fato de que, por serem autônomos, a paralisação é vista por alguns transportadores como "dias de prejuízo". Alguns sindicatos ainda vão decidir se aderem ou não ao movimento, como o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), que decidirá na quarta-feira, 28, sobre a participação. Há também a possibilidade de adesão de motoristas de aplicativos nos atos ao longo da semana.

Nos bastidores, líderes de entidades que não aderiram aos atos questionam a credibilidade dos movimentos e das associações envolvidas. "As pessoas que polemizam nos grupos de WhatsApp e instigam paralisação não possuem representatividade legal perante a categoria. Buscam interesses próprios e projeção políticas", afirmou um representante dos transportadores autônomos.

Dias, do CNTRC, contudo, nega as acusações de envolvimento de pauta política nos atos e de possível ligação dos protestos a grupos políticos ou partidos de esquerda. "Muitos caminhoneiros estão falando mal do Conselho. Essas acusações não procedem. Nossa pauta não tem a ver com politicagem. A pauta é pela sobrevivência da categoria", afirmou.

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