Bullrich sobe o tom e ganha sobrevida no 2º debate argentino

Poder360

Publicado 09.10.2023 00:54

Atualizado 09.10.2023 01:40

Bullrich sobe o tom e ganha sobrevida no 2º debate argentino

O 2º debate eleitoral para a Presidência da Argentina, realizado no domingo (8.out.2023), não teve o tom morno da última semana. A candidata do Juntos por el Cambio, Patricia Bullrich, mirou o ministro da Economia, Sergio Massa, e ganhou sobrevida a 14 dias para o 1º turno, que será em 22 de outubro.

O debate teve como temas centrais segurança, trabalho, produção, desenvolvimento humano e proteção ao meio ambiente. Os candidatos, no entanto, não deixaram de falar sobre propostas econômicas e a herança que vai deixar o atual presidente, Alberto Fernández.

Bullrich criticou a gestão do candidato governista, as propostas para o controle de gastos e a ideia de um FBI argentino proposto por Massa.

Ela também teve embates com o candidato Javier Milei, da coalizão La Libertad Avanza. Questionou o projeto de venda de órgãos e perguntou a Milei por que ele diz negar as mudanças climáticas e os 30.000 desaparecidos da ditadura.

Milei respondeu que não nega as mudanças climáticas e que esse é um processo “cíclico” na história. Disse que, se eleito, não vai aderir à Agenda 2030 da ONU, chamada por ele de “marxismo cultural”. O candidato de direita também propôs uma reforma no sistema trabalhista e afirmou que o deficit fiscal é responsável pelo aumento dos impostos e pelo aumento da inflação.

h2 Saiba mais sobre a eleição na Argentina:/h2
  • Leia as propostas dos presidenciáveis da Argentina para o trabalho;
  • Leia as propostas dos presidenciáveis da Argentina para a segurança;
  • Milei aparece à frente com 32,2% das intenções de voto na Argentina;
  • Com alta inflação, debate na Argentina é focado na economia.

O candidato governista, Sergio Massa, declarou que a Argentina está saindo da crise e que “o pior já passou”. O ministro da Economia propôs o acesso a um crédito para a compra de casas e a reforma do código penal para “prender quem desmata e quem polui”.

Os candidatos também falaram sobre a guerra entre o Hamas e Israel. Massa disse que pretende incluir o grupo na lista de “terroristas”. A candidata do Frente de Izquierda, Myriam Bregman, foi a única que não se solidarizou com o ataque. Disse que Tel Aviv é responsável pelo episódio por praticar um “apartheid” contra os palestinos. Os outros candidatos se solidarizaram com os israelenses.

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Na Argentina, as eleições presidenciais são realizadas a cada 4 anos. O mesmo período é usado para o pleito da Câmara, que elege quase metade dos deputados (130 ou 127, alternadamente a cada eleição, de 257 cadeiras). Já os senadores têm mandatos de 6 anos. Cada eleição escolhe um terço da Casa Alta, que tem 72 assentos.

Para as eleições de governadores, cada província tem seu calendário próprio. Este ano, só 4 escolherão novos chefes do Executivo: Buenos Aires, Catamarca, Entre Ríos e Santa Cruz.

Nas eleições gerais, os candidatos à Presidência precisam de ao menos 45% dos votos ou 40% e uma diferença de 10 pontos percentuais em relação aos demais candidatos para vencer em 1º turno. Caso ninguém atinja essa marca, será necessário um 2º turno, que está previsto para ser realizado em 19 de novembro de 2023. Neste caso, vence o candidato com maior número de votos.

Entenda o cronograma das eleições na Argentina deste ano:

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