Estadão Conteúdo
Publicado 23.09.2022 09:11
Atualizado 23.09.2022 13:11
Correção: Lula e Bolsonaro: Pesquisas mostram disputa pelo voto religioso
A nove dias do primeiro turno das eleições, pesquisas mostram que o eleitorado evangélico mantém preferência favorável ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nas intenções de voto ao Planalto. Nas últimas rodadas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou leve alta nesse segmento, considerado valioso por representar quase 30% da população, mas ainda segue 16 pontos atrás do chefe do Executivo no melhor cenário registrado.
A disputa pelos eleitores evangélicos marca a corrida presidencial para o Planalto desde os primeiros discursos dos dois líderes nas pesquisas e vem sendo foco de ataques e trocas de acusações de ambos os concorrentes. A campanha de Lula aposta na heterogeneidade deste público para tentar reverter a liderança do presidente nessa parcela do eleitorado, mais estimulada pela pauta de costumes encampada pela campanha bolsonarista.Enquanto, de um lado, Bolsonaro participa da Marcha para Jesus em diversas cidades e tem apoio de lideranças religiosas com milhões de seguidores nas redes sociais, do outro, Lula produz materiais dizendo que se eleito, não vai fechar igrejas e participa de celebrações com fiéis. Como mostrou o Estadão, a disputa pelo voto cristão já está rachando igrejas evangélicas no Brasil.
Entre católicos, a dianteira é de Lula, que aparece estável nas sondagens com cerca de 50% das intenções de voto.
Em geral, os institutos de pesquisa dividem os entrevistados entre católicos, evangélicos, "sem religião" e "outras religiões", que incluem protestantes e fiéis de religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé.Veja como estão as intenções de voto de acordo com a religião declarada pelos entrevistados nas pesquisas estimuladas, nas quais o entrevistado recebe uma lista de candidatos para escolher:
Datafolha
Na pesquisa Datafolha desta quinta-feira, 22, Bolsonaro aparece com 50% das intenções de voto de evangélicos, seguido por Lula, com 32%. Ambos seguem estáveis em comparação aos levantamentos anteriores, que registraram poucas oscilações. A candidata do MDB, Simone Tebet, e o candidato do PDT, Ciro Gomes (PDT), aparecem empatados com 5%.Entre católicos, a liderança é de Lula, com 53%. Já Bolsonaro conquista apenas 28%. Ciro tem 7% e Simone, 5%. Eleitores de outras religiões também preferem o petista, que lidera com 43% das intenções de voto, 11 pontos a mais que o chefe do Executivo. Nesta parcela, o candidato do PDT aparece com 9% e a emedebista tem 6%.Entre os que se dizem "sem religião", Lula tem 54% e Bolsonaro, 22%.
Quaest/Genial
Levantamento da Quaest/Genial de 21 de setembro coloca Bolsonaro na primeira colocação entre evangélicos, com 50% das intenções de voto, seguindo por Lula, com 28%. Entre católicos a dianteira se inverte - o petista tem 48% e o presidente, 31%. A pesquisa soma o grupo "sem religião" com aqueles que professam outras religiões. Nesta parcela, Lula cresceu 8 pontos em uma semana e foi a 52%, enquanto o presidente caiu 10 e agora está com 20%.
Ipec
A pesquisa Ipec de 19 de setembro também coloca Bolsonaro na dianteira entre evangélicos, com 48% das intenções de voto - mesmo nível da rodada anterior. Já Lula vem crescendo desde 29 de agosto, quando o petista foi escolhido por 26% dos fiéis. Agora é apontado como candidato favorito de 32% deles.
Entre católicos, Lula tem 53% e Bolsonaro, 26%. O instituto une o grupo de eleitores de outras religiões com os sem religião. Juntas, essas fatias do eleitorado também preferem o petista (52%) ao presidente (21%).
FSB/BTG
Também divulgada em 19 de setembro, a última pesquisa FSB/BTG coloca Bolsonaro 17 pontos à frente de Lula entre evangélicos. O presidente soma 49% das intenções de voto e o petista, 32%. Entre católicos, o ex-presidente tem 51% e Bolsonaro, 29%.Essa é a única pesquisa que dá liderança a Bolsonaro na parcela da população que tem outas religiões. O presidente aparece com 39%, ante 28% de Lula. No grupo sem religião, Lula tem 57% e Jair Bolsonaro 24%.
Escrito por: Estadão Conteúdo
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