Lula pediu para deixar política de lado em Maceió, diz Rui

Poder360

Publicado 12.12.2023 15:18

Atualizado 12.12.2023 15:41

Lula pediu para deixar política de lado em Maceió, diz Rui

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta 3ª feira (12.dez.2023) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a líderes políticos de Alagoas que deixassem a “política de lado” no caso de afundamento das minas da Braskem (BVMF:BRKM5) em Maceió. Segundo o ministro, depois da reunião, todos concordaram em “priorizar a população”.

“Saímos da reunião com o pacto onde todos se comprometeram a deixar eventuais disputas políticas de lado para colocar em 1º lugar o interesse da população. Todos saíram com esse pacto de deixar eventuais rusgas políticas de lado e priorizar o interesse da população”, afirmou.

O encontro teve a participação das seguintes autoridades:

  • Arthur Lira (PP-AL) – presidente da Câmara dos Deputados;
  • Renan Filho – ministro dos Transportes;
  • Rui Costa – ministro da Casa Civil;
  • Paulo Dantas (MDB-AL) – governador de Alagoas;
  • Fernando Farias (MDB-AL) – senador;
  • Renan Calheiros (MDB-AL) – senador;
  • Rodrigo Cunha (Podemos-AL) – senador;
  • Isnaldo Bulhões (MDB-AL) – deputado federal;
  • Paulão (PT-AL) – deputado federal;
  • Rafael Brito (MDB-AL) – deputado federal;
  • João Henrique Caldas (PL-AL) – prefeito de Maceió;
  • André Luiz Ceciliano – secretário especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

Segundo Costa, Lula fez um apelo para que o centro da discussão não seja os conflitos políticos ou acordos financeiros com a Braskem. Teria ficado acertado que, apesar da organização do governo federal, ninguém abrirá mão de suas ações administrativas ou jurídicas sobre o caso. Os grupos de Arthur Lira e de Renan Calheiros são antagônicos em Alagoas.

“O presidente Lula fez um apelo para que a centralidade do debate não seja na política, nem eventual acordo financeiro com o Estado, com o município, quer que seja no interesse da população”, declarou.

Lula não irá visitar a região enquanto não houver uma solução prática de curto prazo para ser anunciada, de acordo com Rui Costa. Ele também disse que a reunião não serviu para debater medidas práticas a serem tomadas pelos governos municipal, estadual ou federal. Haverá outros encontros para isso.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

“Ali não necessariamente o problema é federal, o presidente está como líder político que é, como gestor que é, buscando a solução do problema”, declarou.

ENTENDA O CASO

Em 1º de dezembro, o governo federal decretou emergência na cidade de Maceió por causa do afundamento do solo em bairros da cidade. Ao todo, o desastre ambiental afetou aproximadamente 55.000 pessoas –que foram realocadas– e 14.000 imóveis, todos desocupados.

O afundamento e o aparecimento de rachaduras no solo foram registrados em 5 bairros da capital alagoana: Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.

O problema, entretanto, não é recente. Em março de 2018, moradores do bairro Pinheiro relataram tremores e rachaduras no solo. Os mesmos relatos se repetiram em outros 4 bairros da capital alagoana.

Desde 1976, a empresa atua na região com autorização do poder público. Ao todo, a Braskem perfurou 35 poços nas proximidades da lagoa Mundaú, mas só 4 estavam em funcionamento em 2018.

A partir dos relatos, 54 especialistas do SGB (Serviço Geológico do Brasil) realizaram estudos técnicos na região. Depois de 1 ano, em 2019, foi concluído que as rachaduras e tremores tinham relação com a extração de minérios realizada pela Braskem. As licenças ambientais foram suspensas e, em novembro de 2019, a companhia informou o encerramento das atividades no local. A partir disso, foi iniciado o tapeamento dos poços e a realocação dos moradores da região por meio do “Programa de Compensação Financeira”, firmado entre a Braskem e órgãos públicos.

Em 20 de julho de 2023, a empresa firmou com a prefeitura do município alagoano um acordo que assegurava à cidade a indenização de R$ 1,7 bilhão. Segundo nota divulgada pela prefeitura à época, os recursos seriam destinados à realização de obras estruturantes e à criação do FAM (Fundo de Amparo aos Moradores). Eis a íntegra do acordo (PDF – 2 MB).

O Poder360 elaborou um infográfico com uma linha do tempo dos acontecimentos que envolvem o caso. Leia abaixo.

Leia mais em Poder360

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações