Maia: governo deve compensar perdas na Previdência no pacto federativo

Agência Brasil

Publicado 03.10.2019 21:11

Atualizado 04.10.2019 08:11

Maia: governo deve compensar perdas na Previdência no pacto federativo

Agência Brasil - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse hoje (2) que o governo deve compensar as perdas econômicas com a desidratação parcial da reforma da Previdência por meio do projeto de um novo pacto federativo. Ele reuniu-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no fim desta tarde.

Maia advertiu que a redução do impacto fiscal da reforma da Previdência no Senado provocará uma perda nos recursos que o governo deverá distribuir para estados e municípios. “Essa foi uma decisão legítima do Senado [a retirada de pontos da reforma da Previdência], mas sem dúvida nenhuma, vai ser preciso [o governo] recompor o valor ao longo dos próximos dez anos”, disse.

“Não é uma questão de querer, agora é uma questão de obrigação. Se o governo tinha uma expectativa de economizar R$ 1 trilhão em dez anos e agora tem a previsão de economizar R$ 800 bilhões, é óbvio que ele tem que tirar das contas dele os R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões que perdeu por ano. Não é uma questão de interesse”, acrescentou Maia.

Após o primeiro turno no Senado, a economia com a reforma da Previdência em dez anos caiu de R$ 933,5 bilhões, valor aprovado pela Câmara, para R$ 800,2 bilhões. A principal responsável pela redução foi a aprovação do destaque para a retirada da restrição do pagamento ao abono salarial , na madrugada de ontem (2).

Apesar da desidratação parcial da reforma, Maia disse considerar expressivo o valor a ser economizado. “Não acho isso um problema. O valor aprovado pelo Senado é um ótimo valor. O Senado fez um ótimo trabalho, assim como a Câmara”, disse.

h2 Crítica/h2

Em relação à oposição de governadores do Nordeste à reforma da Previdência, Maia disse que esses estados são os mais interessados na redistribuição de recursos do novo pacto federativo. Segundo ele, a retirada de pontos da reforma da Previdência diminuirá o montante que a região deve receber após a revisão do pacto federativo.

“Precisa refazer as contas e refazer o pacto. Esse é um pacto estranho, porque aqueles que mais querem o pacto são aqueles que estão votando contra a reforma da Previdência. A gente não teve apoio de parte dos estados, principalmente do Nordeste, na Previdência, e ao mesmo tempo eles querem exigir muito mais recursos do governo federal”, afirmou.

Abaixe o App
Junte-se aos milhões de investidores que usam o app do Investing.com para ficar por dentro do mercado financeiro mundial!
Baixar Agora

Maia também criticou a possibilidade de o governo editar uma medida provisória (MP) para regulamentar a distribuição de 30% do leilão do excedente da cessão onerosa do petróleo na camada pré-sal. Segundo ele, uma MP não pode entrar em matéria de uma proposta de emenda à Constituição (PEC).

h2 Reforma tributária/h2

Maia reiterou que o governo encaminhará ao Congresso uma proposta de reforma tributária que une pontos dos textos em discussão na Câmara dos Deputados e no Senado e acrescenta pontos elaborados pela equipe econômica. Na Câmara, a proposta de autoria do deputado Baleia Rossi (SA:RSID3) (MDB-SP) está sendo analisada por uma comissão especial.

“A participação do Poder Executivo na reforma tributária é fundamental. Os estados já mandaram a sua proposta, alguns prefeitos apoiam a proposta do deputado Baleia, então precisamos da liderança do governo nesse processo, já que tem participação decisiva para essas articulações”, declarou.

h2 Privatizações/h2

Em relação a algumas privatizações de empresas que precisariam passar pelo Congresso, o presidente da Câmara disse que uma eventual venda da Petrobras (SA:PETR4) enfrenta resistências. Ele, no entanto, se disse favorável a privatização de estatais como Eletrobras (SA:ELET3) e Correios.

“Não consigo responder de forma genérica sobre privatizações. Sou a favor da privatização da Eletrobras. Acho que o custo da administração da Eletrobras prejudica muito o Estado brasileiro. Isso acaba gerando prejuízo à sociedade. Esse é um caso importante”, disse. Sobre os Correios, ele disse ser necessário encolher a estrutura da empresa. “Não se sabe por que os Correios ainda têm a estrutura que têm”.

Em relação à Petrobras, o presidente da Câmara admitiu que o ambiente continua desfavorável a uma eventual privatização. “O governo vendeu a BR Distribuidora (SA:BRDT3) e não teve manifestações e nem problemas. Então é um movimento que vai crescendo”, avaliou. Mais tarde, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, confirmou que Caixa Econômica, Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Petrobras não estão nos planos de privatizações do governo.

Na avaliação de Maia, cada privatização ocorre em diferentes circunstâncias. Ele, no entanto, defendeu que o governo explique, caso a caso, por que a gestão pública tem sido mais ineficiente para o cidadão do que a administração da iniciativa privada.

Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.

Sair
Tem certeza de que deseja sair?
NãoSim
CancelarSim
Salvando Alterações